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CARNES: Comitê reúne indústria e produtor para acompanhar crise do setor

8 de maio de 2018
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Porto Alegre, 8 de maio de 2018 – Em uma iniciativa pioneira no País, as
duas principais entidades nacionais do agronegócio – Confederação da
Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Associação Brasileira da Proteína
Animal (ABPA) – decidiram hoje, em Chapecó, constituir um Comitê de Gestão
de Crise para acompanhar e propor soluções para os sérios problemas criados
no mercado internacional às carnes de aves e suínos do País.

A preocupação do Comitê é assegurar a sustentabilidade da vasta cadeia
produtiva de carnes, o emprego dos trabalhadores nas indústrias e a viabilidade
dos produtores rurais integrados. Por isso, a pauta prioritária já está
estabelecida e tratará de quatro temas: a imagem dos produtos cárneos
brasileiros no exterior; a flexibilização dos financiamentos pelos Bancos
oficiais e privados; o suprimento de milho e a comunicação social. Na próxima
terça-feira (15) o comitê já estará reunido para colocar em marcha as
primeiras medidas.

“Precisamos estabelecer um pacto do tipo ganha-ganha entre produtor e
indústria para que todos sejam adequadamente remunerados e para que, em
situação de crise, todos suportem de modo proporcional às dificuldades”,
disse o presidente da CNA João Martins da Silva Júnior.

O diretor da ABPA Ariel Mendes observou que é necessário reagir de forma
articulada para evitar a perda de mercados duramente conquistados pelo Brasil.
Europa e Ásia são os primeiros continentes que serão alvos de ações de
recuperação de mercado.

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina
(Faesc) José Zeferino Pedrozo defende uma atuação mais agressiva da
diplomacia brasileira em defesa dos produtos nos grandes mercados mundiais.

A motivação para a criação do Comitê é o fato das companhias
avícolas e de suínos enfrentarem dificuldades desde agosto do ano passado. O
quadro agravou-se no último bimestre de 2017, quando várias empresas foram
desabilitadas a exportar para a Europa. No mesmo período, a Rússia, que
representava um grande comprador de produtos cárneos, suspendeu as
importações. Nesse momento não há previsão de retomada desses mercados.

Simultaneamente, o suprimento do milho – principal insumo da cadeia –
apresenta distorções causadas pela retenção dos estoques, pelos grandes
cerealistas, para fins especulativos, o que eleva seu custo e encarece a
produção de aves e suínos. O rebanho permanentemente alojado no Brasil é de
quase 520 milhões de aves, o que exige volumes colossais do grão para sua
manutenção.

O diretor executivo da Associação Catarinense de Avicultura (ACAV) e do
Sindicato das Indústrias da Carne (Sindicarne) Ricardo de Gouvêa lembra que o
frango vive seu pior cenário por duas causas não-mercadológicas: o consumo
reduzido em face da perda de mercados e custo de produção elevado em face da
baixa oferta do milho, matéria-prima abundante, mas estocada. Grande parte da
produção destinada à exportação acabou permanecendo no mercado doméstico,
criando expectativa de super oferta, enquanto a capacidade de armazenagem à
frio, própria e de terceiros, está se esgotando.

LIDERANÇAS

Participaram da criação do Comitê o presidente da CNA João Martins, o
diretor da ABPA Ariel Mendes, o presidente e o vice da Faesc José Zeferino
Pedrozo e Enori Barbieri, o diretor de agropecuária da Aurora Alimentos Marcos
Antônio Zordan, o gerente da BRF Hugo Urso, o diretor executivo do
Sindicarne/Acav Ricardo de Gouvêa, os superintendentes da CNA Bruno Barcelos
Lucchi (técnico) e Lígia Dutra (relações internacionais). Com informações
da assessoria de imprensa da Faesc.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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