Porto Alegre, 20 de setembro de 2022 – A elevação das despesas de alimentação e a
desaceleração do aumento do boi gordo são os principais responsáveis pela redução do
confinamento de bovinos de corte em 2022. A Associação Nacional da Pecuária Intensiva (ASSOCON)
trabalha com a expectativa de 6 milhões de animais confinados contra 6,5 milhões de cabeças no
ano passado, o que representa uma redução de 7,7%.
Antes os pecuaristas pequenos não tinham alternativas e tinham que montar estrutura própria, sendo
inviável. Agora são muitas alternativas com os boitéis, que tem cada vez mais oferta no mercado.
Está sendo um momento bom para o pecuarista que pode contar com várias opções. Vemos uma
tendência não existir mais pequenos e médios confinamentos, mas sim o uso de ferramentas
terceirizadas, sem a necessidade de muito investimento, explica José Roberto Ribas, vice-presidente
da ASSOCON.
O dirigente reforça a importância do rígido controle de dados no confinamento, com uso das
técnicas de pecuária de precisão, em um mercado cada vez mais difícil para obtenção de
rentabilidade. Nunca o uso de novas tecnologias e a gestão de processos foram tão importantes. A
pecuária como um todo exige eficiência e os projetos de menor porte que não se atualizarem tendem
a sair do mercado. O cenário em 2022 mostra que é preciso ter capacitação, planejamento e
controle na ponta do lápis para conseguir administrar e se manter na atividade”, afirma José
Roberto Ribas.
O vice-presidente da ASSOCON ressalta que o mercado está diferente em relação ao ano passado,
quando um grande número de pecuaristas mandou animais para o confinamento. “A sensação geral é
de atenção, já que o preço da arroba não avançou como esperado, por conta do aumento da oferta
de animais para abate. Por outro lado, as vendas de carne mantêm-se estáveis no mercado interno,
devido à queda do poder aquisitivo da população. Com isso, o preço do boi gordo não avança,
desanimando os pecuaristas a intensificar a produção e priorizando a criação a pasto”.
José Roberto Ribas está confiante em relação ao aumento do consumo de carne bovina nos
próximos meses devido à Copa do Mundo e também às festas do final do ano. São momentos
importantes para puxar a demanda. As exportações vão muito bem, porém é preciso contar com o
crescimento do consumo interno, que está nos menores níveis dos últimos anos.
O Brasil é o segundo maior produtor de carne bovina do mundo, responsável por cerca de 16% do
volume mundial, atrás somente dos Estados Unidos. De acordo com a ASSOCON, em 2022, o Brasil os
bovinos confinados devem representar entre 1 milhão e 1,2 milhão de toneladas de carne bovina. As
informações partem da assessoria de imprensa da ASSOCON.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
Copyright 2022 – Grupo CMA
Cotação semanal
Dados referentes a semana 20/06/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,43Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.750,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.300,00Milho Saca
R$ 66,25Preço base - Integração
Atualizado em: 17/06/2025 09:45