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CARNES: Confinamento supera expectativa e tem alta de 12% em Mato Grosso

16 de novembro de 2017
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São Paulo, 16 de novembro de 2017 – Apesar das variações no mercado do
boi gordo em 2017, os produtores mato-grossenses apostaram na recuperação e
confinaram 694,15 mil animais no ano. Os dados foram apresentados pelo último
levantamento realizado em novembro e apontam aumento de 12% em comparação como
total confinado em 2016.

A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) analisa que os
resultados do levantamento do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária
(Imea) foram coerentes com o comportamento do mercado ao longo do ano. O
primeiro levantamento, realizado em abril, apontou que a expectativa dos
confinadores era engordar 701,85 mil animais. Em julho, após as oscilações
nos preços, a intenção caiu para 645,72 mil. O fechamento do ano com 694,15
mil animais demonstra que a recuperação do preço da arroba e baixo custo com
a alimentação dos animais pesaram no final.

O diretor-executivo da Acrimat, Luciano Vacari, explica que os produtores
estão analisando melhor o mercado antes da tomada de decisão. “O pecuarista
está mais maduro, preparado e tecnicamente instruído. As análises de mercado
guiaram o setor e somente após demonstrar uma ligeira recuperação, os
confinadores retomaram os investimentos”.

Ao longo do ano, o preço da arroba variou de R$ 135 a R$ 110, provocando
incertezas. Após políticas para recuperação de mercados fechados após a
Operação Carne Fraca, sobre corrupção no setor de fiscalização sanitária,
e para fortalecer o mercado interno após denúncias envolvendo uma grande
empresa do setor frigorífico, o setor conseguiu retomar parte das
desvalorizações.

Vacari cita que desde o trabalho do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa) para vender a qualidade da carne brasileira, até as
ações locais, como adesão do estado ao Sistema Integrado (SISBI) e redução
da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) para
abate em outros estados, contribuíram para garantir a permanência dos
produtores na atividade.

Para o Imea, o principal fator para o incremento no total confinado foi o
baixo custo. “Este aumento foi causado, principalmente, por um menor custo com
alimentação. Ainda assim, o produtor que precisou negociar durante o segundo
quadrimestre deste ano se viu à frente de uma receita abaixo do esperado, em
comparação com quem negociou no final do ano”, traz o boletim do instituto.

VARIAÇÃO

Das sete regiões pesquisadas pelo Imea, em três delas houve aumento no
número de animais e em quatro o total caiu entre 2016 e 2017. A região que
mais confinou foi a sudeste mato-grossense, com 179,5 mil animais, 53 mil a mais
que no ano anterior. A região que mais variou, entretanto, foi a nordeste, com
aumento de 57,4 mil animais, passado de 35 mil para 92 mil.

Entre as regiões com maior queda, o centro-sul reduziu em 25 mil o número
de bois engordados no cocho e fechou 2017 com 107 mil animais confinados.
Também houve redução nas regiões norte, com 10 mil a menos, oeste, onde a
queda foi de nove mil, e no noroeste, com ligeira redução de 850 cabeças.

SEGURANÇA

Este ano, o número de animais negociados antecipadamente, por meio de
termo ou bolsa de valores, não chegou a 10% do total confinados. Apesar das
inconstâncias no mercado, houve pouca utilização do hedge (travamento de
preço antecipadamente).

De acordo com o levantamento do Imea, 2,2 dos animais tiveram o preço
fechado por meio de contrato a termo e 5,8% foram comercializados na
BMF&Bovespa. Esse 8% do total confinado, porém, está quase 40 pontos
percentuais abaixo do que foi negociado antecipadamente em 2016, quando 36,4%
dos animais foram comercializados a termo e 6,4% na bolsa. Com informações da
assessoria de imprensa da Acrimat.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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