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CARNES: Cosalfa recomenda retirar sorotipo C da vacinação contra aftosa

11 de abril de 2017
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Porto Alegre, 11 de abril de 2017 – Estudo do Centro Americano de Febre
Aftosa que concluiu pela inexistência do vírus da febre aftosa tipo C na Sul
América determinou recomendação da Cosalfa suspender a vacinação com esse
sorotipo na região. A decisão foi tomada no encerramento da 44a reunião
ordinária da Comissão Sul-Americana para a Luta contra a Febre Aftosa
(Cosalfa), que aconteceu na última semana, em Pirenópolis.

De acordo com o estudo o último foco de febre aftosa com o sorotipo C nas
Américas data de 2004. “Por essa razão, bem como em função de estudo que o
Brasil tem, tomamos a decisão de, no futuro, retirar o vírus C de toda vacina
produzida no país”, disse o diretor do Departamento de Saúde Animal do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Guilherme Marques,
eleito presidente da Cosalfa durante o evento.

Outra decisão importante tomada por representantes dos 13 países
(Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Panamá,
Paraguai, Peru, Suriname, Venezuela e Uruguai), que intregram a comissão foi
criar o Banco Regional de Antígenos de Febre Aftosa (Banvaco), banco de vacinas
com o objetivo de ter estoque estratégico para eventuais e futuras
intervenções na região como um todo. “Para fazer frente a desafios futuros
que possam ocorrer, inclusive por questões de bioterrorismo”, explicou
Marques.

O Brasil apresentou proposta de retirada da vacina de febre aftosa e de
manter-se livre da doença, “O país tem um plano estratégico em uma década
com ações gradativas a serem tomadas com vistas a alcançar esse status”,
disse o diretor do Mapa.

“Esperamos que, no próximo ano Roraima, Amazonas e Amapá sejam
considerados livres da aftosa pela OIE (Organização Mundial de Saúde Animal),
o que concluiria uma etapa de erradicação da febre no país. Ou seja, em maio
do ano que vem, nosso projeto é que todo o Brasil seja reconhecido como livre
de febre aftosa”, comentou.

Um termo de entendimento mútuo assinado com a Venezuela, no evento,
contribui para alcançar essa meta. Foi considerada relevante a participação
de delegação do país vizinho, que não vinha tomando parte em reuniões
anteriores. Agora, houve, inclusive, a presença de representantes do setor
produtivo, tornando possível o acordo para ações conjuntas na fronteira.

O termo prevê atuação de ambos os lados, permitindo que profissionais
brasileiros auxiliem autoridades venezuelanas na vacinação do seu rebanho, bem
como no atendimento de eventuais suspeitas da doença. “Isso é muito
importante porque Roraima, que faz divisa, do lado brasileiro, com o país, já
reúne condições plenas para o reconhecimento como livre da febre”, comentou
Guilherme Marques. “Estamos andando a passos largos, dando um exemplo para a
região, para todo o continente, para avançar como área livre sem vacinação
no futuro”.

Temos como afirmar com base em todas as evidências, bem como os
reconhecimentos já ofertados pela Organização Mundial de Saúde Animal, que
praticamente todo o rebanho nas Américas já é reconhecido como livre de febre
aftosa com ou sem vacinação, restando a Venezuela avançar nesse
reconhecimento. O rebanho da América do Sul é da ordem de 350 milhões de
cabeças de bovinos. Só o Brasil detém quase 220 milhões. E a Venezuela tem
em torno de 15 milhões de animais aproximadamente.

No caso brasileiro, faltam somente Roraima, Amapá e Amazonas que detêm
aproximadamente 2 milhões de animais para o reconhecimento. “Mas temos
condições plenas de avançarmos. Obviamente que aguardamos das autoridades do
Amazonas e do Amapá a melhoria em alguns pontos que foram observados, que são
necessários corrigir.

“Na Venezuela o processo de erradicação é inicial, o que tende a levar
ainda alguns anos de árduo trabalho. E, por essa razão, o governo brasileiro e
os demais países, demostraram solidariedade para contribuir e colaborar com o
enfrentamento da doença naquele país”, afirmou o presidente da Cosalfa. As
informações partem da assessoria de imprensa do Mapa.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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