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CARNES: Custo de produção de proteínas animais seguirá alto no 2T22-MCassab

19 de abril de 2022
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Porto Alegre, 19 de abril de 2022 – O aumento dos custos de produção na
avicultura, suinocultura, pecuária de corte, pecuária de leite e aquicultura,
com elevação dos preços do milho (+21,9%) e do farelo de soja (+45,7%) em 12
meses, segundo o CEPEA, e dos microingredientes, como vitaminas e aminoácidos
– estes importados, especialmente da China, continuará impactando os
criadores “pelo menos até o início do terceiro trimestre”. A afirmação
é de Guilherme Palumbo, gerente de Ingredientes da MCassab Nutrição e Saúde
Animal.

“A China é nosso principal fornecedor de matérias-primas para
alimentação animal e ainda enfrenta problemas de produção, com capacidade
reduzida devido às restrições impostas pela questão ambiental e, também,
aos surtos de coronavírus da variante ômicron, dada a tolerância zero à
Covid no país. Esse cenário traz incertezas sobre a disponibilidade de
insumos, o que posterga a regulação dos estoques globais, assim como as
questões logísticas. Atualmente, o grande fator impactante é o embate entre
Rússia e Ucrânia, que desestabiliza a cadeia de suprimentos de importantes
matérias-primas, como petróleo, gás natural, milho, soja e trigo,
refletindo-se diretamente na inflação global”, acrescenta o especialista.

Palumbo destaca que a carência de alguns microingredientes no mercado
brasileiro nos primeiros três meses de 2022 tende a ser equacionada no segundo
trimestre. Ele informa que importações realizadas por clientes e fornecedores,
mapeadas pela empresa, já estão a caminho. “O que preocupa é que desde o
final de 2021 o produtor brasileiro não consegue retorno econômico devido ao
incremento dos preços dolarizados. O custo da alimentação aumentou com
consistência e o cenário incerto mantém o pessimismo no curto prazo”, diz.

Além da elevação do custo de produção, já se verifica redução do
alojamento de animais e há casos de encerramento de atividades de suinocultores
independentes e granjeiros de postura. No caso da suinocultura, os produtores
chegam a ter prejuízo de R$ 250,00 por animal abatido. O especialista da
MCassab acredita que o momento é excelente para implementar e estudar
soluções inovadoras para otimizar os processos internos, melhorias de
formulações das dietas e aplicações de tecnologias que aumentem a
produtividade e/ou reduzem os custos de produção.

Guilherme Palumbo enxerga com certo otimismo a segunda metade do ano, com
aumento da disponibilidade de ingredientes e redução dos custos dos
ingredientes importados. “Diante desse cenário, meu conselho para os
produtores é manter a calma. Precisamos aproveitar esse momento raro da queda
do dólar e administrar bem os estoques para os próximos passos”. As
informações partem da assessoria de imprensa da MCassab.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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Suíno Independente kg vivo

R$ 8,43

Farelo de soja à vista tonelada

R$ 1.750,00

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R$ 1.300,00

Milho Saca

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Atualizado em: 17/06/2025 09:45

AURORA* - base suíno gordo

R$ 6,60

AURORA* - base suíno leitão

R$ 6,70

Cooperativa Majestade*

R$ 6,60

Dália Alimentos* - base suíno gordo

R$ 7,00

Dália Alimentos* - base leitão

R$ 7,00

Alibem - base creche e term.

R$ 5,75

Alibem - base suíno leitão

R$ 6,60

BRF

R$ 7,30

Estrela Alimentos - creche e term.

R$ 6,40

Estrela Alimentos - base leitão

R$ 6,40

Pamplona* base term.

R$ 6,60

Pamplona* base suíno leitão

R$ 6,70
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