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CARNES: Debate avalia se PR tem condições de requerer área livre de aftosa

12 de maio de 2015
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Porto Alegre, 12 de maio de 2015 – O secretário estadual da Agricultura e
do Abastecimento do Paraná, Norberto Ortigara, defendeu nesta segunda-feira
(11), durante audiência pública na Assembleia Legislativa, que entidades de
classe da agropecuária paranaense apoiem o processo de suspensão da
vacinação contra febre aftosa nos rebanhos bovino e de búfalos do Paraná,
já a partir de novembro deste ano.

Para Ortigara, essa é a chance do Estado ampliar o comércio interno e
externo para todas as carnes e consolidar megainvestimentos industriais que
estão em curso para suprir tanto o Brasil como o mercado internacional.

Sob o comando do deputado Antonio Anibelli Neto, os deputados estaduais
promoveram esse debate técnico para saber, com mais detalhes, dos riscos dessa
ação aos produtores. Diante da grande participação de dirigentes de
entidades e público em geral, nova audiência pública foi marcada para o dia
01 de junho.

A audiência contou com praticamente todas as entidades de classe que se
posicionaram, em sua maioria, a favor da continuidade do processo de suspender a
vacinação contra febre aftosa no Paraná.

CONDIÇÕES TÉCNICAS

Na semana passada, o governador Beto Richa enviou ao Ministério da
Agricultura, Pecuária e do Abastecimento pedido para analisar as condições
técnicas do Estado em iniciar o processo de obter o reconhecimento
internacional de área livre de febre aftosa sem vacinação, pela Organização
Munidal de Saúde Animal (OIE).

Para embasar o pedido, o governador autorizou a contratação, por meio de
concurso público já realizado, de 169 profissionais entre médicos
veterinários, engenheiros agrônomos e técnicos agrícolas.

Eles passarão por treinamento e vão atuar nas frentes avançadas de
fiscalização até o final de junho, disse o diretor-presidente da Agência de
Defesa Agropecuária (Adapar), Inácio Afonso Kroetz, que fez uma apresentação
das condições técnicas do Estado em levar adiante esse processo.

Segundo Kroetz, o registro de entrada e saída de animais no Estado por
meio das Guias de Trânsito Animal (GTAs) reflete a saída de animais que estão
sendo abatidos em outros Estados. No ano passado, entraram 78.489 animais e
saíram 220.897, um déficit de 142 mil animais que poderiam ser abatidos aqui,
disse. “Queremos fortalecer a indústria do abate no Paraná”, afirmou.

Outra medida adotada pelo Estado é a reforma e adequação de 23 postos de
fiscalização localizados na fronteira entre os estados de São Paulo e Mato
Grosso do Sul, que também vão contribuir para ampliar a vigilância e
fiscalização do trânsito interestadual de animais e subprodutos de origem
animal, expostos a maiores riscos.

INVESTIMENTOS

O secretário Norberto Ortigara disse que se nada for feito agora daqui a
10 anos o Paraná estará no mesmo lugar discutindo se inicia esse processo ou
não. Segundo ele, ao longo dos últimos anos já viu as barreiras tarifárias,
antes impostas pelo mercado internacional, serem transformadas em barreiras
sanitárias. “E o Estado vem se preparando para derrubar essas barreiras para
abrir portas de mercados mais valiosos aos produtores paranaenses”,
argumentou.

Ortigara lembrou que o estado do Paraná fortaleceu o Conselho Estadual de
Sanidade Agropecuária (Conesa), os conselhos municipais de sanidade
agropecuária com a participação de toda a sociedade e criou a Adapar, que
está em seu terceiro ano de vida, executando ações que fortalecem o serviço
de sanidade agropecuária. “O Estado vem investindo mais de R$ 115 milhões ao
ano na manutenção de quadros de servidores especializados, visando garantir a
sanidade e a proteção contra enfermidades que oneram economicamente a
produção”.

O secretário lembrou que o vírus da febre aftosa não circula no Paraná
há pelo menos 10 anos, e pouco mais de três anos nas Américas. Conforme a
Associação Paranaense de Suinocultores, o setor será um dos grandes
beneficiados com a medida porque muitos países, como Japão e Estados Unidos,
dão prioridade na compra de carnes suínas de áreas livres de febre aftosa sem
vacinação. “Esse processo representa a modernização da sanidade
agropecuária em todas as outras frentes”, opinou o médico veterinário Eliel
de Freitas, presidente do Conselho Estadual de Medicina Veterninária do
Paraná.

PESTE SUINA

Ortigara citou que o mesmo processo é necessário para obtenção do
reconhecimento internacional de área livre de Peste Suína Clássica, que
deverá ocorrer em maio de 2016. Simultaneamente a esse processo, o Estado se
prepara para melhorar a cadeia de bovinos de corte do Paraná, com foco na
melhoria de todos os índices zootécnicos como taxas de natalidade, de
rentabilidade, ganho de peso, redução da idade de abate, que darão
condições para fortalecer também a bovinocultura paranaense.

PRÓXIMAS ETAPAS

Dirigentes da Faep, Ocepar, Fetaep, APS se posicionaram favoráveis ao
governo do Paraná iniciar o processo de reconhecimento internacional de área
livre de febre aftosa sem vacinação. A auditoria do Ministério da Agricultura
é esperada para os meses de julho e agosto, com resultado e decisão no mês
de setembro.

Em caso de decisão favorável ao início do processo, a campanha de
vacinação prevista para o mês de novembro não será mais realizada, sendo
essa campanha que está em curso nesse mês de maio para animais jovens de zero
da 24 meses, a última.

Além da suspensão da vacinação, haverá restrições ao ingresso de
animais vacinados até setembro de 2016, quando o Ministério da Agricultura
envia pleito à OIE com as auditorias e exames sorológicos já realizados. A
expectativa é que em maio de 2017 ocorra a formalização desse reconhecimento
por parte da entidade internacional. Com informações da assessoria de imprensa
da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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