Porto Alegre, 16 de dezembro de 2016 – Logo após o encerramento do Fórum
“2020 – o futuro do Brasil sem aftosa”, representantes da cadeia produtiva
responderam a um conjunto de perguntas para o avanço do Programa Nacional de
Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa – PNEFA.
O texto, protocolado e enviado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento MAPA, tem como ponto principal a proposta de retirada gradativa da
vacina contra febre aftosa, por Estado ou faixa etária. Vale lembrar que a
medida teve amplo apoio do setor da carne bovina. Como mostrou pesquisa
realizada pelo Conselho Nacional de Pecuária de Corte – CNPC, envolvendo mais
de 26 entidades do segmento agropecuário, entre federações, sindicatos e
representantes da indústria presentes no encontro, mais de 90% consideraram a
medida importante para o futuro da pecuária brasileira.
O MAPA se comprometeu a analisar o documento e agendar reunião com o setor
privado a partir do final de agosto, o que ainda não aconteceu. Na ocasião, o
MAPA informou, por meio de carta, que havia criado um grupo interno para
discutir as sugestões propostas pela entidade. Encerrada essa etapa, a promessa
era de se reunir com representantes do setor privado, inclusive o CNPC, para
discutir o futuro do PNEFA. “Estamos aguardando ansiosamente. Queremos dar a
nossa opinião sobre as conclusões do estudo e dar a nossa contribuição sobre
o tema. A retirada da vacina é um desejo de toda a cadeia produtiva”,
afirmou Sebastião Guedes, presidente do Grupo Interamericano para Erradicação
da Febre Aftosa – GIEFA e vice-presidente do CNPC.
Duas décadas sem aftosa
Os últimos focos de febre aftosa no Brasil ocorreram em 2005, nos Estados
de Mato Grosso do Sul e Paraná. Há Estados, no entanto, que estão há mais de
20 anos sem registro da doença. “A bibliografia internacional diz que, na
maioria dos casos, depois de quatro anos sem foco não há justificativa para a
‘essencialidade’ (necessidade) da vacinação”, diz Guedes. A retirada da
obrigatoriedade da vacina beneficiará não apenas os produtores, que passarão
a economizar o valor das doses, mas ao País, que se tornará mais competitivo
no mercado internacional da carne.
Tal medida beneficiará também a suinocultores dos diversos Estados que
retirarem a vacinação contra a aftosa.
O PANAFTOSA tem demonstrado ausência de circulação viral no continente.
Países como Chile, Peru, Guianas Inglesa e Francesa, já são livres sem
vacinação.
A medida permitirá ao Brasil acessar países que pagam mais pela carne,
como Japão e Coréia do Sul e que não compram carne resfriada ou congelada de
países que ainda adotam a vacinação contra a doença.
Sobre o CNPC
O CNPC é uma entidade sem fins lucrativos que tem por objetivo desenvolver
estratégias para o crescimento da pecuária de corte nacional e estabelecer
relações entre os vários agentes, representando a cadeia produtiva junto aos
governos estaduais e nacional, bem como nos fóruns de discussão internacional
que promovam a sanidade, o bem-estar animal e a segurança alimentar. Criado em
1982, a entidade tem representantes nos principais Estados e segmentos que se
destacam na pecuária nacional. Atualmente é presidida por Tirso de Salles
Meirelles, pecuarista de reconhecida liderança no agronegócio brasileiro. Com
informações da assessoria de imprensa do CNPC.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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