CARNES: Divisão norte-americana deve impulsionar dados da JBS no 1T17

Porto Alegre, 11 de maio de 2017 – A JBS deve apresentar resultados um
pouco melhores no primeiro trimestre em meio a sinais mais positivos para o
setor e impulsionada principalmente pela divisão de bovinos nos Estados Unidos,
que deve mostrar margens mais altas.

A expectativa de analistas consultados pela Agência CMA é que a companhia
reverta o elevado prejuízo visto primeiro trimestre do ano passado, de R$
2,741 bilhões, e registre lucro líquido de R$ 853,1 milhões no primeiro
trimestre deste ano. O ebitda também deve ser melhor, com alta de 22% na
comparação anual, somando R$ 2,602 bilhões. Porém, a receita líquida deve
recuar 13% na base anual, para R$ 38,262 bilhões.

Para o analista Pedro Leduc, do banco J.P. Morgan, os dados devem refletir
tendências mais favoráveis para a indústria de carnes, sem impacto de hedges,
que prejudicaram os resultados no ano passado. Segundo Leduc, essa tendência
de melhora também deve prosseguir.

“O gado disponível para abate está aumentando rapidamente, indicando
maior oferta a frente, o que geralmente ajuda a minimizar custos operacionais”,
afirmou, em relatório.

Para o analista, outro destaque positivo do balanço devem ser os dados da
unidade norte-americana, que prevê que deve apresentar margem ebitda de 3,4%,
antes uma margem negativa de 4,6% no mesmo trimestre do ano passado.

Os analistas do Itaú BBA, Antonio Barreto e Thomas Budoya, também
acreditam que a divisão será o ponto mais positivo, com margem ebitda de 3,5%
e mostrando uma melhor demanda e preços de venda.

“Os custos com o gado aumentaram 14% na comparação trimestral, como
sazonalmente esperado, mas uma boa demanda doméstica (5% de alta de preços) e
exportações 17% maiores devem mitigar esse efeito sazonal”, afirmaram, em
relatório.

Veja abaixo a média das projeções coletadas pela Agência CMA. As
variações são calculadas com base no primeiro trimestre de 2016.

Lucro líquido: R$ 853,1 milhões, revertendo prejuízo de R$ 2,741
bilhões
Receita líquida: queda de 13%, para R$ 38,262 bilhões
Ebitda ajustado: alta de 22%, para R$ 2,602 bilhões
Margem ebitda: alta de 1,95 ponto percentual, para 6,85%

Nesta prévia foram utilizadas projeções dos bancos e corretoras Itaú
BBA, J.P. Morgan, Santander e Citi.

As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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