Porto Alegre, 27 de outubro de 2017 – O Departamento de Saúde Animal (DSA)
do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) iniciou, em
Porto Velho, os trabalhos do Plano Estratégico de Erradicação e Prevenção
da Febre Aftosa (PNEFA), que prevê a retirada total da vacinação no país
até 2023.
Durante três dias, desde segunda-feira (23), houve reuniões em torno do
plano com integrantes do setor público e produtores dos estados de Rondônia e
Acre (integrantes do Bloco 1 previsto no PNEFA), além do Amazonas e Mato
Grosso, que participaram como convidados. Entre representantes de governo, a
maioria eram agentes de defesa agropecuária dos estados.
Segundo o diretor do DSA, Guilherme Marques, “foram superadas as
expectativas de adesão dos governos e da iniciativa privada, pois todos se
conscientizaram que os prazos para a execução das etapas do PNEFA são
curtos”. Marques frisou que a decisão de retirada gradual da vacinação
contra a aftosa já foi tomada e que ” é preciso atender aos requisitos
sanitários para obter o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde
Animal (OIE) de país livre da doença sem vacinação”.
As diretrizes básicas do PNEFA preveem gestão compartilhada entre
governos e iniciativa privada; aperfeiçoamento das capacidades do Serviço
Veterinário Oficial (SVO); regionalização das ações; sustentação
financeira; adequação e fortalecimento do sistema de vigilância; agilidade e
precisão no diagnóstico; previsão de imunógeno (partícula, molécula
estranha ou organismo capaz de induzir uma resposta imunológica) para
emergências veterinárias; cooperação internacional e educação em saúde
animal.
O governo de Rondônia deverá ceder servidores para os trabalhos de
fiscalização previstos no plano. Mato Grosso comprometeu-se a aumentar postos
de fiscalização do trânsito de animais, que poderão ser unidades móveis,
como ação estratégica em função da proximidade com a Bolívia.
No plano, o país foi dividido em cinco blocos, para que seja feita a
transição de área livre da aftosa com vacinação para sem vacinação.
Integram o Bloco I, Acre e Rondônia; o Bloco II: Amazonas, Amapá, Pará e
Roraima; o Bloco III: Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e
Rio Grande do Norte; Bloco IV: Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo,
Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe e Tocantins, e; Bloco
V: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
As informações partem da assessoria de imprensa do Mapa.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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