Porto Alegre, 03 de novembro de 2014 – O Fundo para o Desenvolvimento da
Agropecuária do Estado de Goiás (Fundepec) foi fundado para promover o
desenvolvimento da pecuária goiana no que se refere às questões sanitárias,
principalmente no combate da febre aftosa. Hoje, porém, o rebanho do goiano
conquistou uma condição sanitária favorável em relação à doença, e o
Fundepec poderia ser direcionado para outras ações que já produzem impacto
negativo nas exportações goianas, como a tuberculose e a brucelose. Com esse
argumento, criadores de gado de corte pediram a ampliação da atuação do
Fundepec.
O tema foi discutido na última reunião da Comissão de Pecuária de
Corte da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), durante a qual
o presidente do Fundepec, José Magno Pato, explicou que a entidade já está
revendo seu estatuto e que mudanças devem ocorrer no próximo ano.
Na ocasião, os produtores aproveitaram a presença de José Magno Pato
para levantar questionamentos sobre o Fundepec, como o valor e o destino da
verba arrecadada pela entidade. Para a assessora técnica da Faeg para a área
de Pecuária de Corte, Christiane Rossi, os questionamentos são bem vindos já
que uma das funções das reuniões da Comissão é trazer ao encontro das
lideranças e das entidades representativas, os anseios dos produtores. “É
nossa obrigação conhecer as demandas. Aqui é o fórum das discussões,
principalmente porque a Faeg representa o produtor”, pontua.
Segundo Pato, a contribuição é recolhida pela agroindústria no momento
em que o produtor entrega a matéria-prima. Ele explicou ainda que os recursos
do Fundepec são destinados a indenizar produtores em caso de surgimento de
focos de doenças como a aftosa, peste suína clássica e outras. A entidade
também contribui para que a defesa sanitária animal se torne mais eficiente,
além de colaborar – através do financiamento de campanhas de combate e
erradicação de doenças -, com o desenvolvimento da pecuária em Goiás.
A Comissão de Pecuária de Corte vai apontar em um documento, todas as
propostas apresentadas em reunião e este será encaminhado ao Fundepec.
Inquérito Sorológico
Outra pauta do dia foi o inquérito sorológico sobre a febre aftosa que
vem sendo feito pela Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) com o
objetivo de detectar a eficiência da vacina, a prevalência da doença, assim
como a circulação viral no rebanho goiano. Representando a entidade, a médica
veterinária Dra. Mércia Oliveira, fez questão de ressaltar a importância
econômica e sanitária destes inquéritos, que garantem a qualidade necessária
para o consumidor interno e de mercados internacionais, bem como alavancam os
negócios de todo o segmento pecuário. Fez questão de agradecer a
contribuição dos produtores rurais que fizeram parte do inquérito,
possibilitando que todas as etapas pudessem ser cumpridas.
Ela explicou que um cadastro contendo todas as propriedades goianas, onde
são criados bovinos, foi enviado para o Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa), que fez um sorteio aleatório onde uma parte dos animais
foi avaliado, marcado e segue sendo acompanhado de perto por pesquisadores. Esse
processo, baseado em cerca de quatro mil amostras, norteia o trabalho de
avaliação do Mapa, feito em um laboratório de Manaus.
A médica veterinária fez questão de ressaltar que todos os
proprietários sorteados são informados com antecedência sobre o procedimento,
não podendo comercializar os animais monitorados até o fim do acompanhamento,
e sobre o fato das propriedades envolvidas serem liberadas após a divulgação
dos resultados das análises. A propriedade fica sendo monitorada a cada 15
dias, e caso haja necessidade de novas coletas de sangue para confirmação do
resultado dos exames, o procedimento pode ser efetuado nos mesmos animais da
primeira amostra.
Além disso, Mércia pontuou que todos os custos com a operação de
envio das amostras para o laboratório e outras despesas deste inquérito estão
sendo financiadas pelo Fundepec, como uma de suas atribuições.
Legislação trabalhista
Ainda durante a reunião foram citados os seminários que aconteceram em
cinco municípios goianos, levando aos produtores informações sobre a
legislação trabalhista, mercado pecuário e o Programa Pesebem.
As iniciativas, do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) Goiás
com o apoio da Faeg e da Superintendência Regional de Trabalho e Emprego em
Goiás, integraram o programa Campo em Ordem, cuja principal pauta debatida foi
a NR-31, que dispõe sobre Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura,
Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura.
A Faeg vem, desde a publicação da norma, desenvolvendo várias ações
de conscientização do produtor rural. Entre as abordagens estão: a forma
correta de contratação dos funcionários e de mão de obra terceirizada, as
exigências acerca das instalações da propriedade para com a segurança e
saúde do trabalhador, dos equipamentos de proteção individual, dos cursos de
capacitação dos funcionários, esclarecimento sobre as denominadas
“condições degradantes de trabalho”. As informações partem da Assessoria
de Comunicação do Sistema Faeg.
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência SAFRAS
Copyright 2014 – Grupo CMA
Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 22/11/2024 17:50