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CARNES: Faesc apoia consulta pública sobre controle de javalis em SC e país

10 de outubro de 2016
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Porto Alegre, 10 de outubro de 2016 – A Federação da Agricultura e
Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC) apoia a iniciativa do Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama) em promover uma consulta
pública para colher propostas para o plano nacional de prevenção, controle e
monitoramento do javali selvagem no Brasil.

A consulta já foi aberta e segue até o dia 21 deste mês de outubro. Visa
reunir sugestões de setores do governo, das universidades e da sociedade em
geral sobre o plano que vai definir as estratégias no enfrentamento aos danos
causados pela presença do javali no território brasileiro.

O javali é uma espécie exótica invasora presente em grande parte do
País. Natural de países europeus, a espécie não encontrou predadores
naturais no Brasil e sua proliferação gera graves impactos ao meio ambiente e
elevados prejuízos para o setor de agricultura, em especial para os
agricultores familiares.

O Ibama tem um diagnóstico da situação atual do animal e sugestões de
estratégias que devam ser adotadas para contornar o problema. Após a consulta,
será realizada oficina de elaboração da proposta final do plano de javali.
Esse trabalho terá a participação dos ministérios do Meio Ambiente e da
Agricultura, em conjunto com o Instituto Chico Mendes, após reuniões com
especialistas e interessados no tema.

O presidente da Faesc José Zeferino Pedrozo, relata que há pelo menos
cinco anos, uma situação angustia as comunidades rurais da serra e do oeste
catarinense: uma população estimada em milhares de javalis está atacando
propriedades rurais e causando pesadas perdas econômicas aos produtores e
criadores. A população está preocupada, pois, além de danificar
plantações, os javalis são animais agressivos e representam um sério risco
às pessoas.

A maioria dos produtores não está abatendo os animais e prefere chamar a
Polícia Militar Ambiental (PMA) porque, além de uma série de requisitos e
procedimentos para o abate, a tarefa é perigosa. “Com frequência os javalis
matam os cães de caça e investem com ferocidade contra os caçadores”,
relata o presidente.

A maior parte dos javalis habita o entorno do município de Lages, na serra
catarinense, e o Parque Nacional das Araucárias formado por 12.841 hectares
que ocupa parte do território dos municípios de Ponte Serrada e Passos Maia,
no meio oeste. Quando o alimento escasseia nesse habitat, esses animais migram
para as propriedades rurais dos municípios de Ponte Serrada, Passos Maia, Água
Doce, Vargeão, Faxinal dos Guedes, Irani e Vargem Bonita, onde atacam as
lavouras de milho, hortas e até criatórios de aves e suínos.

A FAESC teme que a situação fuja do controle. Esse problema surgiu em
2010 na região do planalto catarinense, quando, atendendo apelo da Federação
da Agricultura, a Secretaria da Agricultura declarou o javali sus scrofa nocivo
à agricultura catarinense e autorizou seu abate por tempo indeterminado,
objetivando o controle populacional. A decisão está de acordo com a
instrução normativa 141/2006 do Ibama que regulamenta o controle e o manejo
ambiental da fauna sinantrópica nociva. O problema é que a procriação é
muito acelerada.

Os javalis que aterrorizam a serra e o meio oeste são da espécie exótica
invasora sus scrofa, que provoca elevados prejuízos às lavouras,
especialmente de cereais. Vivem em varas (bandos) de até 50 indivíduos. Esses
animais selvagens atacam todas as lavouras, principalmente milho, feijão, soja,
trigo, pastagens, etc. e, numa noite, destroem completamente vários hectares
de área.

Os órgãos ambientais e a Polícia Militar Ambiental orientam que apenas
profissionais caçadores registrados e licenciados façam o abate dos animais.
“O agricultor terá que procurar um desses profissionais para fazer o abate na
sua lavoura e isso implica em burocracia e em custos adicionais”, reclama o
presidente da FAESC. O problema é que existem poucas equipes para o abate de
muitos animais.

PERDAS

Nos últimos cinco anos, os produtores catarinenses sofrem de forma mais
intensa com a ação desses animais. Eles atacam as lavouras já a partir do
plantio. Além de pisotear a plantação, permanecem no local se alimentando
até a maturação do milho.

Quando em contato com espécies nativas, transmitem doenças, provocam a
diminuição das populações silvestres ou a morte de espécies da fauna
nativa. Os javalis podem transmitir doenças economicamente graves como a peste
suína africana, peste suína clássica, febre aftosa, brucelose, leptospirose,
tuberculose, parvovirose suína e encefalite japonesa, além de espalhar a
doença vesicular do suíno, febre e a doença de Aujelszky. Por isso, é
proibida e comercialização e o consumo da carne dos javalis abatidos. Com
informações da assessoria de imprensa da Faesc.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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