Porto Alegre, 8 de julho de 2022 – O registro de casos de febre aftosa em
Bali, região turística da Indonésia com fortes conexões com a Austrália,
acendeu o alerta no país. A Austrália é área livre de febre aftosa sem
vacinação e um grande exportador. A possibilidade do ingresso da doença no
país poderia provocar prejuízos bilionários.
Na Indonésia, já são mais de 230 mil animais contaminados desde o
início do surto, em maio e para a contenção do vírus, foi implantada uma
campanha de vacinação massiva em todo o país. Trata-se de uma região que a
doença é endêmica (termo utilizado para definir qualquer enfermidade com
grande incidência em um espaço limitado como estado ou país).
O Ministério da Agricultura do Brasil informa em nota que está
acompanhando os casos, mas não definiu nenhuma medida adicional de controle do
ingresso de pessoas ou produtos oriundos da região. A Secretaria da
Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul, está
acompanhando o cenário internacional e, conforme o chefe da Divisão de Saúde
Animal da pasta Fernando Groff, como a vigilância é permanente, não precisa
ter algo diferente devido a uma ocorrência em algum ponto do mundo.
“A gente tem que ter vigilância o tempo todo e isso é uma
responsabilidade tanto do serviço oficial como do produtor, do criador, da
iniciativa privada como um todo, dos profissionais, para que notifiquem, para
que fiquem alertas, qualquer suspeita seja notificada, para que se tenha uma
intervenção eficiente e rápida.”Ainda conforme Groff, a atenção maior
precisa ser de quem viaja para a Indonésia, especialmente quem trabalha em
propriedades rurais ou em contato com setor produtivo. “O conselho de sempre,
às pessoas que transitam por um lugar que seja endêmico e que tenham seu
trabalho ligado à produção animal, é que se evite o contato com propriedades
e animais nessas regiões e principalmente tenham um período de vazio no
momento que retornam para sua atividade profissional ou produtiva aqui no
Brasil.”
O presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do RS,
Rogério Kerber, pontua que os cuidados que a Austrália vem tomando em
relação à proximidade dos casos devem ser observados de forma permanente.
“Daí a importância dos cuidados que nós devemos ter aqui no Rio Grande do
Sul agora como Área Livre de Febre Aftosa sem Vacinação, no sentido de
preservar a produção do estado”, destaca. Ele alerta ainda que um evento com
a doença poderia comprometer não somente a pecuária, mas também outros
setores da produção do estado e do país. “Daí a razão de que nós temos
que ter todo cuidado e atenção possíveis.”
Os técnicos do Serviço Veterinário Oficial aproveitam para lembrar sobre
a importância de notificar suspeitas e sintomas causados pela febre aftosa em
animais suscetíveis (com casco fendido – bovinos, búfalos, caprinos, ovinos e
suínos) à Inspetoria de Defesa Agropecuária responsável.
As principais alterações são:
Feridas nos cascos, boca e/ou tetos
Claudicação (manqueira)
Salivação (Babeira)
Febre
Com informações da assessoria de imprensa do Fundesa/RS.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
Copyright 2022 – Grupo CMA
Cotação semanal
Dados referentes a semana 27/06/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,43Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.725,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.400,00Milho Saca
R$ 66,00Preço base - Integração
Atualizado em: 26/06/2025 13:30