Porto Alegre, 5 de outubro de 2023 – A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção
Sustentável e Irrigação (Seapi), confirmou, na quarta-feira (3), a detecção de um foco de
Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) em mamíferos aquáticos na praia do Cassino, em
Rio Grande, no litoral sul. O vírus foi identificado em leões-marinhos.
A notificação foi feita pelo Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram) de Rio Grande
e atendida pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO) em 30 de setembro. As amostras foram colhidas e
enviadas para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas (LFDA-SP), unidade
referência da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA).
Trata-se do segundo foco no Rio Grande do Sul. Porém, mesmo com a nova notificação, a
condição sanitária do Estado e do país não se altera e não há risco para consumo de
alimentos. O primeiro foco havia sido registrado em maio, na Reserva do Taim, em aves silvestres
(cisne-de-pescoço-preto), e já foi encerrado após evidências epidemiológicas e coletas
negativas. No Estado não há registro da doença na avicultura comercial.
De acordo com a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA), Rosane
Collares, as equipes estão atuando desde o momento que os animais foram avistados. “Há uma grande
onda de influenza sendo registrada no Uruguai e Argentina, e o Rio Grande do Sul, por estar na
divisa, está sentindo os reflexos. Seguiremos os protocolos exigidos para evitar a disseminação
do vírus, em parceria com os municípios, e vamos atuar na vigilância ativa na região costeira e
em atividades de educação sanitária”, afirma Rosane.
Até o momento foram recolhidos dez animais, sendo oito leões-marinhos e dois lobos-marinhos.
Evidências indicam que o consumo de material infectante, como aves contaminadas por influenza
aviária, é a principal via de infecção em mamíferos aquáticos e semiaquáticos. Também não
se descarta a hipótese de que a transmissão esteja acontecendo entre animais.
O SVO do Rio Grande do Sul também alerta sobre medidas de segurança para a população. É
fundamental que as pessoas não mexam e nem se aproximem de animais mortos ou moribundos. Todas as
suspeitas – que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita – devem
ser notificadas imediatamente à Seapi por meio da Inspetoria de Defesa Agropecuária mais próxima
ou pelo Whatsapp (51) 98445-2033.
“Estamos monitorando a situação, ao lado de órgãos da saúde e do meio ambiente e da
Patrulha Ambiental, mas a colaboração de todos é importante”, destaca Rosane.
Sobre a influenza aviária
A influenza aviária, também conhecida como gripe aviária, é uma doença viral altamente
contagiosa que afeta, principalmente, aves, mas também pode infectar mamíferos e outros animais.
As informações partem da assessoria de imprensa da Seapi.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 07/11/2024 17:50