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CARNES: Fórum debate caminhos para lidar com metano na cadeia bovina

11 de maio de 2022
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Porto Alegre, 11 de maio de 2022 – Apontada como um dos vilões do clima,
a emissão de metano por bovinos pode ser administrada para a redução do
aquecimento global. Apresentação de iniciativas e debates nesse sentido
marcaram o Fórum Metano na Pecuária – o caminho para a neutralidade
climática, realizado em 4 e 5 de maio em São Paulo. Pesquisadores de diversos
países, representantes do setor público e especialistas de diferentes áreas
conduziram 25 palestras no evento realizado pela JBS, líder global em alimentos
à base de proteína, em parceria com a Silvateam, maior produtora mundial de
extratos vegetais utilizados na alimentação animal.

O primeiro dia foi dedicado ao impacto dos principais gases de efeito
estufa na atmosfera, como o dióxido de carbono (CO2) e o metano (CH4)
produzidos pelas atividades agropecuárias. Peer Ederer, diretor da Rede Global
de Alimentos e Agronegócios (GFAN), diz que ainda há muita confusão em
relação ao funcionamento do metano na atmosfera, inclusive entre os
especialistas em clima. Ele defende que países onde há pouca produção de
CO2, o impacto do metano é menor e, portanto, seu potencial de prejudicar o
meio ambiente diminui. “Precisamos ver o que realmente vai chegar à
atmosfera”, destaca.

De acordo com Frank Mitloehner, pesquisador da Universidade da Califórnia
Davis, a redução das emissões de metano pode ajudar a frear o aumento da
temperatura global por sua capacidade de retenção de calor ser superior à do
CO2. Apesar de sua curta vida na atmosfera – pouco mais de dez anos -, o CH4
é quase 28 vezes mais potente que o dióxido de carbono como gás de efeito
estufa num horizonte de cem anos. Dessa forma, sua captura ajuda a esfriar o
planeta, se contraponto ao CO2, que fica no ar por séculos.

Uma das formas de garantir eficiência na produção agropecuária, de
acordo com a fundadora e diretora da SacredCowInfo, Diana Rodgers, é a
alimentação. A nutricionista é coautora de um livro e diretora de um filme
homônimo que defendem que uma dieta isenta de proteína animal pode ser mais
destrutiva para o meio ambiente do que a criação sustentável de gado.
“Apenas uma porcentagem de terra é cultivável e isso faz com que as pessoas
olhem torto para nós. A carne é um dos melhores alimentos que temos, pois
podemos fazer tudo isso usando energia solar e uma série de iniciativas
sustentáveis”. Conhecida por “Sacred Cow”, ela destacou, durante o
evento, os benefícios da proteína animal à saúde.

A necessidade de descarbonização e o papel das emissões na agropecuária
também foram temas das outras palestras ao longo do primeiro dia, como as de
Alexandre Berndt, chefe-geral da Embrapa Pecuária Sudeste, e de Eduardo Assad,
também pesquisador da Embrapa, que defendeu a padronização métrica para a
emissão de gases de efeito estufa. Aimable Uwizeye, diretor da Organização
das Nações Unidas para Alimentação e a Agricultura (FAO, na sigla em
inglês),tratou do debate sobre novas diretrizes para a emissão de metano.
Fabiana Villa Alves, diretora do Ministério da Agricultura, descreveu
políticas públicas decorrentes de acordos climáticos internacionais, como o
Plano ABC+; e Renata Branco, diretora da Agência Paulista de Tecnologia dos
Agronegócios (APTA),abordou as técnicas de mensuração de gases de efeito
estufa. As informaçoes partem da assessoria de imprensa da JBS.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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