Porto Alegre, 31 de julho de 2017 – O vice-presidente da Farsul, Gedeão
Pereira, representou a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA),
em reunião da Federación de Asociaciones Rurales del Mercosur ( Grupo FARM),
nesta sexta-feira, dia 28. O encontro aconteceu em Buenos Aires, durante a Expo
Palermo 2017 e discutiu, principalmente, a situação da febre aftosa na
região. A preocupação é com a falta de critérios técnicos de viabilidade,
custo/benefício e impacto na saúde para as propostas de mudança de status
para países livre da doença sem vacinação na América do Sul.
Em nota oficial, a entidade destaca a necessidade de rever as ações e
metodologias, bem como metas e objetivos, utilizando indicadores que possam ser
verificáveis no combate à doença. O acompanhamento constante para
confirmação do cumprimento do proposto, por meio de auditorias também deve
ser aplicado, conforme a Farm.
O documento lembra que o Plano Hemisférico para a Erradicação da Febre
Aftosa (PHEFA), projeta o controle da doença até 2020 em território
sul-americano e salienta que, para isso, é necessária uma estreita, firme e
transparente participação dos sistemas de saúde de cada país. Também é
preciso que as organizações regionais e internacionais tenham uma
contribuição responsável na articulação dessas ações, além da garantia
política e econômica, a garantia de recursos e fidelidade de informações
para a tomada de decisões.
A nota ainda destaca a experiência adquirida no início deste século,
durante a epidemia que marcou o sinal de alerta e a necessidade urgente de um
tratamento regional na busca de objetivos comuns. Os recentes acontecimentos na
Colômbia geraram um grave prejuízo à credibilidade da situação sanitária
na região, principalmente pela gestão a partir de dados pobres e atrasados que
causaram a rápida disseminação da doença naquele país.
A Farm demonstra confiança no setor produtivo que compartilha do desejo de
alcançar os objetivos propostos no PHEFA, mas espera o envolvimento dos
serviços governamentais e organismos internacionais. Somente assim será
possível que a informação técnica seja transparente permitindo uma análise
profunda dos riscos, benefícios e perdas. Somente assim será possível um
diagnóstico de confiança para que sejam implantadas medidas eficientes,
evitando novos casos de febre aftosa.
A declaração encerra com a reafirmação da importância da
participação do setor privado nos programas e combate e proteção e exige
maior representação nas tomadas de decisões. Conforme avaliação da
entidade, as medidas tomadas até agora demonstram as limitações das
organizações nacionais e regionais, baseadas em decisões políticas, sem
apoio técnico e financeiro. Com informações da assessoria de imprensa da
Farsul.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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