Porto Alegre, 22 de fevereiro de 2017 – Duas equipes da Secretaria da
Agricultura estão realizando vistorias em propriedades localizadas nos
arredores da Lagoa do Peixe. O trabalho, que seria realizado em março foi
antecipado, faz parte da atuação do Serviço Veterinário Oficial na
prevenção contra a Influenza Aviária. O local é rota de aves migratórias e
tem no entorno aproximadamente duzentas propriedades rurais.
Os técnicos estão verificando se existem sinais de aves doentes e
realizando coleta de amostras, que serão analisadas no Lanagro. “As aves
migratórias, especialmente as aquáticas, convivem bem com o vírus, podendo
ser fonte de infecção para as aves comerciais mesmo sem apresentar sinais da
doença”, afirma a auditora fiscal federal agropecuária responsável pelo
Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA) na Superintendência Federal do
Ministério da Agricultura no RS, Taís Oltramari Barnasque. Ela lembra que em
2015 o Brasil realizou inquérito soroepidemiológico em aproximadamente 3000
granjas comerciais e não houve detecção de circulação do vírus da
Influenza Aviária no plantel avícola nacional.
A responsável pelo PNSA destaca que a SFA-RS realizou um levantamento
sobre o fluxo de mercadorias entre o Rio Grande do Sul e o Chile, primeiro país
da América do Sul a registrar a doença. “Importamos basicamente frutas e
pescado e exportamos principalmente insumos para ração animal. Os caminhões
que transportam estes produtos podem ser os mesmos que circulam pelas
propriedades rurais lá. Verificamos inclusive trânsito de mercadorias
diretamente de Valparaíso, onde foi registrado o foco chileno. A partir desta
informação, o trabalho de vigilância de fronteira foi intensificado,
inclusive com recomendação de que os caminhões sejam limpos e desinfetados no
Chile antes do ingresso no Brasil”, alerta Taís.
O Rio Grande do Sul tem dez postos de vigilância agropecuária, sendo
cinco com a Argentina e outros cinco com o Uruguai. As unidades técnicas do
MAPA, as Coordenadorias Regionais da SEAPI, os principais postos de vigilância
internacional e os SIFs de abate de aves do RS estão recebendo kits com
material para coleta de amostras, folders e banners educativos voltados a
viajantes e produtores, com informações sobre prevenção da Influenza
Aviária. Para o aeroporto Salgado Filho além dos materiais educativos serão
dispostos tapetes sanitizantes no desembarque internacional.
Além da prevenção, com medidas de educação sanitária e vigilância,
os técnicos também se preparam para um eventual foco. E o Fundo de
Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal tem contribuído com a aquisição de
materiais como macacões com filtros especiais que são usados para o ingresso
em áreas de foco. “São equipamentos importados e que garantem a segurança
dos técnicos que tiverem que entrar em propriedades com suspeitas de foco”,
afirma o presidente do Fundesa, Rogério Kerber. Até agora já foram aportados
mais de R$ 320 mil para a aquisição de material necessário para a prevenção
e combate à doença. As informações partem da assessoria de imprensa do
Fundesa.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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