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CARNES: Intensificar pecuária pode aumentar lucratividade, diz Acrimat

28 de janeiro de 2015
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Porto Alegre, 28 de janeiro de 2015 – A lucratividade da pecuária em Mato
Grosso pode ser maior que a da agricultura dependendo da tecnologia aplicada na
propriedade. Com a intensificação do sistema de produção, através de
investimentos em correção do solo, adubação de pastagem e também na
infraestrutura para a realização de um pastejo rotacionado, é possível
aumentar a taxa de lotação e garantir uma margem líquida de até 115%
superior aos resultados de uma propriedade típica de soja mato-grossense.

O estudo feito pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária
(Imea), a pedido da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat),
considera, no caso da agricultura, uma produtividade de 53 sacas/hectare, ou
seja, um resultado de uma propriedade típica de soja na região de Sorriso e
que garante uma margem líquida de R$ 172,37 por hectare.

Já na pecuária, para comparação inicial, foi levada em conta a
produtividade de uma propriedade típica da região de Cáceres, isto é,
6,23@/hectare e uma taxa de lotação de 1,11 Unidade animal (UA) por hectare –
cada UA equivale a 450 quilos de peso vivo. Neste caso, a margem líquida da
pecuária é R$ 67,03/hectare, ou seja, 2,6 vezes menor que da soja.

Entretanto, quando se passa para um modelo intensivo da produção de
bovinos, como é o caso do pastejo rotacionado, os resultados econômicos e
técnicos melhoram substancialmente, de acordo com a pesquisa. Em números, no
cenário em que se intensificou 20% da área de pasto da propriedade, permitiu
uma taxa de lotação de 4 UA/hectare, uma produtividade de 13,84 @/hectare,
considerando todos os animais engordados na propriedade, tanto na parte
intensiva como na extensiva, e uma margem líquida de R$ 372,00/hectare.

De acordo com o gerente de projetos da Acrimat, Fábio da Silva, os
pecuaristas do estado devem aproveitar o momento e investir na atividade.
“Intensificar a produção demanda uma quantidade de recursos consideráveis,
sendo uma limitante para os bovinocultores de corte do Estado que nem sempre
possuem todo o capital necessário”. Porém, ele lembra que há linhas de
crédito estaduais e federais disponíveis que podem contribuir diretamente para
acabar com essa barreira restritiva ao investimento na pecuária. Com
informações da assessoria de imprensa da Acrimat.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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