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CARNES: Javalis atacam áreas rurais de Santa Catarina, alerta Faesc

5 de novembro de 2015
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Porto Alegre, 5 de novembro de 2015 – Em artigo divulgado à imprensa, o
presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina
(Faesc), José Zeferino Pedrozo, destaca as dificuldades enfrentadas pelos
produtores rurais com o ataque de javalis. Acompanhe mais detalhes abaixo.

Parece roteiro de filme de terror: uma superpopulação de javalis está
atacando propriedades rurais e destruindo plantações nas regiões da serra e
do meio oeste de Santa Catarina, causando pesadas perdas aos produtores e
criadores. Além de danificar plantações, os javalis são animais agressivos e
significam um risco às pessoas. Não existem estimativas oficiais, mas,
avalia-se que vivam entre 5 mil e 8 mil animais espalhados por essas vastas
regiões.

A maior parte dos javalis habita o entorno do município de Lages, na serra
catarinense, e o Parque Nacional das Araucárias formado por 12.841 hectares
que ocupa parte do território dos municípios de Ponte Serrada e Passos Maia,
no meio oeste. Quando o alimento escasseia nesse habitat, esses animais migram
para as propriedades rurais dos municípios de Ponte Serrada, Passos Maia, Água
Doce, Vargeão, Faxinal dos Guedes, Irani e Vargem Bonita, onde atacam as
lavouras de milho, hortas e até criatórios de aves e suínos. Somente em Campo
Belo do Sul foram destroçados mais de 6,3 mil hectares de milho, soja e
feijão causando a perda de 3.000 toneladas de grãos, ou seja, mais de 50.000
sacas foram desperdiçadas.

A maioria dos produtores não está abatendo os animais e prefere chamar a
Polícia Militar Ambiental porque, além de uma série de requisitos e
procedimentos para o abate, a tarefa é perigosa. Com frequência os javalis
matam os cães de caça e investem com ferocidade contra os caçadores.

Essa situação está quase fora de controle. Esse problema surgiu em 2010
na região do planalto catarinense, quando, atendendo apelo da FAESC, a
Secretaria da Agricultura declarou o javali sus scrofa nocivo à agricultura
catarinense e autorizou seu abate por tempo indeterminado, objetivando o
controle populacional. A decisão está de acordo com a instrução normativa
141/2006 do Ibama que regulamenta o controle e o manejo ambiental da fauna
sinantrópica nociva.

Os javalis que aterrorizam a serra e o meio oeste são da espécie exótica
invasora sus scrofa, que provoca elevados prejuízos às lavouras,
especialmente de cereais. Vivem em varas (bandos) de até 50 indivíduos. Esses
animais selvagens atacam todas as lavouras, principalmente milho, feijão, soja,
trigo, pastagens, etc. e, numa noite, destroem completamente vários hectares
de área.

Apenas profissionais caçadores registrados e licenciados podem fazer o
abate dos animais. O problema é que existem poucas equipes para o abate de
muitos animais. Os javalis podem transmitir doenças economicamente graves como
a peste suína africana, peste suína clássica e febre aftosa. Por isso, é
proibido o consumo da carne dos javalis abatidos.

São considerados espécies “exóticas” (portanto, não protegidas por
leis ambientais), porque cruzam com porcos domésticos e até outros animais
selvagens, como porco de mato, o que gera filhos conhecidos com
“javaporcos”. As fêmeas produzem em média duas ninhadas por ano e uma
média de oito filhotes em cada uma. Por isso, o controle se torna difícil. O
macho adulto pesa entre 150 e 200 quilos e a fêmea entre 50 e 100 quilos. Os
javalis vieram do Rio Grande do Sul e se tornaram uma presença mortal em Santa
Catarina. Com informações da assessoria de imprensa da Faesc.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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