Porto Alegre, 26 de outubro de 2016 – O lucro líquido do terceiro
trimestre da BRF deve mostrar um recuo de 98,4% na comparação com o mesmo
período de 2015, conforme a média das estimativas coletadas pela Agência CMA
com instituições financeiras.
O trimestre fraco deve ser decorrente da receita menor no mercado
doméstico e da pressão adicional nas margens no exterior, onde os preços
subiram pouco.
De acordo com os analistas do Itaú BBA, Antônio Barreto e Thomas Budoya,
os elevados custos dos grãos pressionaram os resultados da empresa, enquanto as
despesas devem mostrar crescimento, especialmente com o marketing na
Olimpíada. “O terceiro trimestre será, provavelmente, o ponto mais baixo do
ciclo negativo”, afirmam, em relatório.
A receita líquida deve mostrar ligeiro avanço de 3,4%, para R$ 8,461
bilhões, ainda na comparação com o terceiro trimestre do ano passado.
“Esperamos uma receita estável, tanto no mercado doméstico quanto
internacional”, afirma o analista do Morgan Stanley, Jeronimo de Guzman, que
prevê queda no ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e
amortização) devido ao custo dos grãos, preços baixos no mercado
internacional e consumo doméstico fraco.
Em média, a expectativa é de contração de 38,7% no ebitda, para R$
933,28 milhões. Segundo Thiago Duarte e Vito Ferreira, analistas do BTG
Pactual, a queda no ebitda também é explicada pela desaceleração do ciclo de
aves que afetou todo o setor e pela demanda brasileira por produtos mais
baratos devido à recessão.
Apesar dos resultados negativos esperados para diversos indicadores, a
reação do mercado, caso as projeções se confirmem, não deve ser tão ruim.
“Prevemos uma reação de neutra a negativa, pois acreditamos que o mercado
está incorporando lentamente o próximo trimestre inexpressivo e pode se
concentrar nas tendências de melhoria à frente”, afirma o analista do
Santander, em relatório, Ronaldo Kasinsky.
Veja abaixo a média das projeções para o balanço do trimestre:
LUCRO LIQUIDO: retração de 98,4%, para R$ 134,3 milhões; com previsão
variando de prejuízo de R$ 5 milhões a lucro de R$ 265 milhões
RECEITA LIQUIDA: avanço de 3,4%, para R$ 8,561 bilhões
EBITDA: queda de 38,7%, para R$ 933,28 milhões
MARGEM EBITDA: aumento de 4 pontos percentuais, para 11%
Nesta prévia foram utilizadas previsões e avaliações do BTG Pactual,
Itaú BBA, Morgan Stanley, Santander e Goldman Sachs. A BRF divulga seus
resultados financeiros e operacionais amanhã (27), após o encerramento das
atividades na BM&FBovespa. Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 08/05/2025 09:40