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CARNES: Mapa divulga Plano Integrado de Vigilância de Doenças de Suínos

30 de julho de 2021
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Porto Alegre, 30 de julho de 2021 – O Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento (Mapa) divulgou, nesta sexta-feira, o Plano Integrado de
Vigilância de Doenças dos Suínos que visa fortalecer a capacidade de
detecção precoce de casos de Peste Suína Clássica (PSC), Peste Suína
Africana (PSA) e a Síndrome Reprodutiva e Respiratória dos Suínos (PRRS), bem
como demonstrar a ausência das doenças em suínos domésticos.

O plano revisa a Norma Interna 05/2009 e a Norma Interna 03/2014,
publicadas pelo Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa
Agropecuária do Mapa, para a vigilância de PSC, ampliando o escopo de
doenças-alvo para a PSA e a PRRS e redefinindo os componentes do sistema como
vigilância sorológica baseada em risco, inspeções em estabelecimentos de
criação, investigação dos casos suspeitos, inspeção em abatedouros e
vigilância sorológica em suínos asselvajados.

Atualmente, o Brasil é o quarto maior produtor mundial de carne suína,
com um rebanho de mais de 40 milhões de animais. Cerca de 80% dessa produção
abastecem o mercado nacional.

“A suinocultura brasileira possui condição sanitária bastante
favorável por ser considerada livre de doenças economicamente muito
importantes que ocorrem em várias partes do mundo”, destaca o chefe da
Divisão de Sanidade dos Suídeos, Guilherme Takeda. A manutenção desta
condição sanitária no Brasil garante menores custos de produção e vantagem
competitiva no acesso a mercados internacionais.

O Plano Integrado de Vigilância de Doenças de Suínos foi desenvolvido
pelo Departamento de Saúde Animal, com participação do Serviço Veterinário
Oficial dos estados (SFAs e OESAs) e dos setores da iniciativa privada,
representando o compromisso em manter e melhorar a vigilância animal implantada
no Brasil e proteger a suinocultura nacional.

“O Plano foi construído a partir de um esforço conjunto e compartilhado
entre os vários setores e segmentos que atuam no campo da produção e sanidade
dos suínos, e sua implantação e execução exige o reforço desse
compromisso. A vigilância envolve ações contínuas e conjuntas de
responsabilidade dos setores público e privado”, reforça o diretor do
Departamento de Saúde Animal, Geraldo Moraes.

Peste Suína Clássica

A PSC é uma doença que acomete suínos domésticos e asselvajados. É
obrigatória a notificação imediata ao serviço veterinário oficial de
qualquer caso suspeito.

O vírus é encontrado nas secreções e excreções do animal infectado e
pode ser transmitido pelas vias direta (contato entre animais, aerossóis e suas
secreções e excreções, sangue e sêmen) ou indireta (água, alimentos,
fômites, trânsito de pessoas, equipamentos, materiais, veículos, vestuários,
produtos, alimentos de origem animal), entrando no organismo por via oral e
oro-nasal.

Atualmente, cerca de 83% do rebanho suíno brasileiro encontram-se em zona
livre (ZL) de PSC.
A condição zoossanitária da doença no Brasil, reconhecida pela
Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), é constituída por três Zonas
Livres: uma constituída pelos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina;
outra pelos seguintes estados: Acre, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo,
Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro,
Rondônia, São Paulo, Sergipe, Tocantins e os municípios de Guajará, Boca do
Acre, sul do município de Canutama e sudoeste do município de Lábrea,
pertencentes ao estado do Amazonas; e a terceira formada pelo estado do Paraná.

A zona não Livre (ZnL) é formada por Alagoas, Amapá, Amazonas (exceto
região pertencente à ZL), Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco,
Piauí, Rio Grande do Norte e Roraima.

Peste Suína Africana

A PSA também é uma doença de notificação imediata ao serviço
veterinário oficial de qualquer caso suspeito. A doença foi introduzida no
Brasil em 1978 no estado do Rio de Janeiro. As investigações realizadas à
época revelaram que os suínos do estabelecimento caracterizado como foco
índice se infectaram pela ingestão de sobras de comida servida a bordo de
aviões procedentes de Portugal e da Espanha, países onde se propagava a
doença.

A última ocorrência de PSA no Brasil foi registrada no estado de
Pernambuco, em novembro de 1981, e as medidas aplicadas pelo SVO brasileiro
permitiram a erradicação da doença em todo o território e a declaração do
Brasil como país livre de PSA em 1984.

Desde 2018, a PSA ingressou e se dispersou amplamente nos continentes
asiático e europeu. No dia 29 de julho de 2021, foi confirmada a ocorrência da
PSA na República Dominicana, ingressando nas Américas. O Mapa, os órgãos
estaduais de Sanidade Agropecuária (OESA) e os setores privados da suinocultura
têm desenvolvido e reforçado ações que evitem o ingresso da PSA no Brasil e
que possam mitigar os impactos econômicos e sociais no caso de introdução da
doença.

Síndrome Reprodutiva e Respiratória dos Suínos

A doença nunca foi registrada no Brasil. Dessa forma, qualquer caso
suspeito é de notificação obrigatória e imediata ao serviço veterinário
oficial. A PRRS causa alta mortalidade em suínos recém-nascidos e desmamados,
baixa taxa de concepção em rebanhos de reprodutores, aumento na taxa de
aborto, natimortos e nascimento de leitões fracos, acarretando enormes perdas
econômicas aos produtores.

Pela experiência de países com suinocultura altamente especializada nas
quais houve entrada da doença, foram notadas características muito
preocupantes da PRRS, como alta taxa de difusão, falta de vacinas eficientes e
incapacidade de medidas estritas de biosseguridade em evitar a infecção de
granjas livres. O vírus da PRRS já foi identificado em importantes países
produtores de suínos, sendo endêmico em vários deles. Com informações da
assessoria de imprensa do Mapa.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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