Porto Alegre, 17 de agosto de 2021 – A Rede de Laboratórios Federais de
Defesa Agropecuária (Rede LFDA) está apta para atuar na hipótese de uma
possível introdução do vírus de Peste Suína Africana (PSA) no território
nacional. No caso de suspeita de PSA, o LFDA-MG é o laboratório oficial do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que realiza o
diagnóstico.
A padronização e verificações dos métodos vêm sendo trabalhadas pelo
laboratório em Minas Gerais desde 2015, tendo sido concluída a validação
completa de suas técnicas moleculares para o diagnóstico da doença em outubro
de 2020. A ampliação para realização do diagnóstico em outros
laboratórios da Rede LFDA também já está sendo discutida no Ministério.
“A capacidade de pronta atuação e resposta do LFDA demonstra o alto
grau de capacitação de seu corpo técnico, incluindo recente treinamento nas
técnicas diagnósticas para PSA no laboratório de referência da União
Europeia em Madrid, na Espanha – Centro de Investigación en Sanidad Animal
INIA-CISA”, destaca o coordenador de gestão de demandas laboratoriais do
Mapa, Leandro Barbiéri.
O diagnóstico da PSA pode ser feito por ensaios sorológicos como ELISA e
imunoperoxidase, ensaios moleculares de PCR e pelo isolamento de vírus em
células. Dos três métodos, o ensaio mais recomendado e utilizado para o
diagnóstico da Peste Suína Africana é a PCR.
“A execução dos ensaios sorológicos nem sempre é possível, pois na
maioria dos casos os animais morrem antes de ocorrer a soroconversão. Já para
o isolamento de vírus é necessário o cultivo de leucócitos obtidos de
suínos, o que torna o ensaio trabalhoso e aumenta o risco de contaminação das
linhagens celulares utilizadas no laboratório por microrganismos presentes no
sangue dos suínos”, explica Barbiéri.
Doença
A peste suína africana é uma doença viral que não oferece risco à
saúde humana, mas pode dizimar criações de suíno, pois é altamente
transmissível. O impacto econômico de uma possível reintrodução da PSA no
país vai desde prejuízos diretos causados pela enfermidade, até possíveis
restrições ao mercado internacional, uma vez que produtos e subprodutos de
suínos podem ser fonte de introdução do vírus.
A chegada da PSA ao continente americano, confirmada em julho, aumenta o
estado de atenção com intensificação das medidas para prevenir a
introdução da doença no Brasil. Dessa forma, o papel dos laboratórios é
estratégico, além da atuação dos setores de controle de importações, da
vigilância agropecuária internacional e dos serviços oficiais de saúde
animal.
O Mapa reforça que desde 2018, quando a PSA se disseminou na China e
outros países da Ásia e Europa, vem sendo desenvolvidas ações para
fortalecer as capacidades de prevenção do ingresso do vírus da PSA no país,
visando a detecção e diagnóstico precoces e resposta rápida a eventuais
incursões da doença no Brasil.
Rede LFDA
A Rede LFDA é composta por seis Laboratórios Federais de Defesa
Agropecuária (LFDA) distribuídos por todo o Brasil: LFDA-GO, em Goiânia;
LFDA-MG, em Pedro Leopoldo; LFDA-PA, em Belém; LFDA-PE, em Recife; LFDA-RS, em
Porto Alegre; e LFDA-SP, em Campinas.
As análises laboratoriais desempenhadas pela Rede LFDA são fundamentais
à garantia da saúde dos rebanhos, da sanidade das lavouras e da qualidade dos
diferentes produtos agropecuários, consumidos no Brasil ou exportados a mais de
100 países.
Os resultados emitidos pelos LFDAs são internacionalmente reconhecidos
como iguais ou equivalentes, seguros e confiáveis, o que confere ao Brasil o
posicionamento entre os maiores exportadores de produtos agropecuários do
mundo. Com informações da assessoria de imprensa do Mapa.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 24/04/2025 09:50