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CARNES: Mercado suíno ganha fôlego, mas momento ainda exige cautela – ABCS

9 de março de 2016
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Porto Alegre, 9 de março de 2016 – Mesmo com o preço do milho ainda em
alta, o mercado de suínos vem mostrando sinais de reação nas últimas
semanas. O valor pago pelo quilo do animal vivo registrou aumento de pelo menos
R$ 0,10 em estados como São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Além
disso, o preço da carne no mercado interno tem mantido bom patamar em relação
à carne bovina e ao frango, dando competitividade à proteína. As
exportações em ritmo acelerado, cerca de 83 mil toneladas somente entre os
meses de janeiro e fevereiro de 2016, tem sido outra válvula de escape.

Na avaliação do diretor executivo da Associação Brasileira dos
Criadores de Suínos (ABCS), Nilo de Sá, os novos valores de mercado dão
fôlego ao produtor, mas ainda não apagam o sinal de alerta do setor. “Mesmo
com o bom resultado das exportações, o valor pago pelo suíno vivo ainda
permanece abaixo do ideal considerando o atual cenário do mercado de grãos. Em
São Paulo, por exemplo, a primeira bolsa do mês de março registrou R$ 66,00
a R$ 68,00 a arroba, média de R$ 3,52 a R$ 3,63 pago pelo quilo do suíno vivo.
Entretanto, com o milho sendo comercializado a cerca de R$ 44,00/saca no estado
a relação de troca kg do suíno vivo x milho permanece inferior a 1:5,
construindo um cenário bastante desafiador para o suinocultor”, avalia.

Quanto aos custos de produção, os altos preços pagos pela saca do milho
ainda têm sido o grande desafio dos suinocultores em 2016. A alta do dólar
elevou as exportações de milho para patamares recordes e os custos de
produção têm comprometido a atividade. Nos dois primeiros meses de 2016 o
Brasil exportou 9,83 milhões de toneladas, volume 128% superior ao observado no
mesmo período de 2015 e equivalente a cerca de 34% de todo o volume exportado
no ano passado.

O início da colheita da 1a safra, que responde por cerca de 35% da
produção nacional, e alguns leilões da Companhia Nacional de Abastecimento
(Conab) reduziram um pouco a pressão no mercado, entretanto o cenário ainda é
desfavorável. “É nesse sentido que estamos trabalhando junto ao Mapa e a
Frente Parlamentar da Suinocultura para buscar a adoção de políticas
públicas que auxiliem os produtores, a médio e o longo prazo, nesses momentos
dificuldade mercadológica. A suinocultura brasileira é uma das mais
capacitadas e reconhecida mundialmente pela sua qualidade de produção,
portanto não pode ficar dependente apenas de medidas emergenciais para superar
momento como esse”, enfatizou Nilo de Sá.

Diante disso, de Sá acrescenta que é muito importante para o setor manter
as exportações aquecidas. “As quase 83 mil toneladas exportadas este ano
representam um aumento de mais de 80% em comparação com o mesmo período de
2015 e o maior volume já registrado no primeiro bimestre. Entretanto, devido a
redução do valor da carne suína no mercado internacional o aumento no
faturamento com as exportações foi de apenas 21%. Apesar disso, manter as
exportações no mesmo patamar de 2015, cerca de 550 mil toneladas, significa
aumentar a disponibilidade interna o que pode pressionar o valor pago ao
suinocultor, já que simultaneamente observa-se uma queda na renda das famílias
brasileiras”, comenta.

Por outro lado, a manutenção do preço da carne bovina num patamar mais
alto e a valorização da carne de frango, superior a 30% nos últimos 12 meses,
torna a carne suína ainda mais atrativa para o consumidor brasileiro. Assim, o
mercado nacional tem sido visto como o fiel da balança para dar
sustentabilidade ao produtor. “O Brasil possui mais de 200 milhões de
habitantes e um consumo de carne suína ainda baixo, de cerca de 15 kg per
capta. Fazer com que o brasileiro coloque a carne suína na sua rotina
certamente é um dos maiores desafios que a cadeia precisa superar para
conseguir manter um bom ritmo de crescimento”, finaliza de Sá. As
informações partem da assessoria de imprensa da ABCS.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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