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CARNES: Pecuária pode emitir menos gases do efeito estufa que a Amazônia

13 de julho de 2016
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Porto Alegre, 13 de julho de 2016 – O Brasil tem saldo positivo na emissão
de gases do efeito estufa. Para muitos pesquisadores, a Amazônia seria
responsável por esta salvação, mas o que foi descoberto é que a floresta ao
Norte do País emite praticamente a mesma quantidade de gases que sequestra. A
afirmação é do professor da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat),
Cassiano Cremon, ao salientar ainda que assim como a agricultura, a pecuária
pode produzir sem causar prejuízos ao meio ambiente e até mesmo contribuir.

“Alguns estudos apontam para a vantagem da agropecuária já implantada e
bem manejada, que pode sequestrar muito mais gases do que emitir devido aos
microorganismos presentes na pastagem”, detalha Cremon. Seguindo o exemplo da
agricultura, a pecuária passa a desenhar um novo cenário: “Um dos grandes
desafios do setor é o de combater conceitos deturpados quanto à produção de
proteína vermelha”, pontua o professor e pesquisador da Unemat.

Sob a hipótese de que o manejo adotado no milho, na pastagem e na soja da
região sudoeste de Mato Grosso é benéfico para o sequestro de Carbono,
pesquisadores da Unemat desenvolvem na Fazenda Ressaca, localizada em Cáceres,
pesquisas que poderão comprovar essa e outras possibilidades. Também está em
andamento um estudo inédito em terras altas do Pantanal, que vai averiguar a
eficácia na produção de girassol para silagem dos animais e para óleo, que
poderão se apresentar como alternativas de renda para a região.

Segundo Cremon, que é coordenador do projeto que estuda emissão e
características do carbono, as propriedades rurais da região alta do Pantanal
têm possibilidade de gerar renda com verba de outros países. O Protocolo de
Quioto prevê que os países incapazes de sequestrar gases prejudiciais à
atmosfera, entre eles os Estados Unidos e a China, deverão pagar os que
desenvolverem essa habilidade. “Trabalhamos sob a suspeita de que a
agricultura praticada nessa região, inclusive a pastagem, carrega grande
potencial de se apresentar como exímia sequestradora, o que poderá gerar
receita para a propriedade nos mercados de carbono mundo afora”, pontua
Cremon.

Para os estudos, o time de pesquisadores da Unemat coletará solo de
talhões dedicados à soja e ao milho para silagem, culturas consideradas
sequestradoras potenciais de Carbono, principalmente quando cultivadas por
plantio direto. Também retirarão solo dos espaços destinados à pastagem,
mata nativa e pastagem com morte súbita.

Em levantamentos prévios, Cremon já caracterizou o solo das regiões
altas do Pantanal como áreas agricultáveis, ou seja, aptas ao cultivo de
grãos, sem prejuízos ao bioma, contudo, os resultados definitivos da pesquisa
serão publicados no primeiro semestre de 2017.

Girassol para o gado

Além de pesquisar a qualidade do óleo de girassol gerado na cidade de
Cáceres, o que poderá ocasionar uma nova fonte de renda, a professora
Tanismare Silva, coordena uma equipe também da Unemat que avaliará o teor
nutritivo das sementes geradas em terras altas do Pantanal, com a finalidade de
fornecer um novo componente para a silagem de animais.

Foi reservada uma área da Fazenda Ressaca onde serão cultivadas as
sementes em diferentes épocas do ano para que se desenvolva um comparativo com
outras matérias-primas. A expectativa tanto dos pesquisadores quanto da
Ressaca, é que em razão ao elevado nível de proteína, o girassol se
apresente como um favorável elemento na nutrição animal devido aos
componentes e custos. As informações partem da assessoria de imprensa da
Unemat.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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