Porto Alegre, 26 de julho de 2017 – A reabertura de uma planta frigorífica
no Estado deverá ter impacto direto em duas das principais regiões produtoras
de carne, nordeste e parte do sudeste mato-grossenses. A unidade do grupo
Mafrig Global Food de Nova Xavantina reiniciou as atividades nesta terça-feira
(25) e representa uma alternativa para os pecuaristas das regiões que, há mais
de cinco anos, só tinham uma empresa em operação para um rebanho de
aproximadamente 5 milhões de gado bovino.
A reabertura de plantas frigoríficas é uma das ações defendidas pela
Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) para a retomada do mercado
sustentável no setor. O fechamento de unidades desde a crise econômica de 2008
e consequente concentração da indústria frigorífica prejudicaram o mercado
da carne, principalmente para os produtores rurais.
O representante regional da Acrimat em Vila Rica, Anísio Vilela, explica
que a retomada de uma unidade ainda é pouco perto do número de plantas que
estão fechadas, mas que já representa um avanço. “Neste momento, a
reabertura em Nova Xavantina será positiva para todos nós, mas precisamos que
mais indústria voltem a abater para garantia de um mercado mais justo”.
Para Teia Fava, pecuarista e representante da Acrimat em Barra do Garças,
esta é uma oportunidade para a atividade, um canal a mais de venda que se abre
para o produtor. “Imaginamos que agora vamos ter concorrência, com redução
na escala de abate e melhores preços para a arroba. É mais competitividade e
opção para o pecuarista. Sem falar no impacto para economia da região com a
geração de empregos e renda”, afirma Teia Fava.
De acordo com o grupo Marfrig, a expectativa é que 900 postos de trabalho,
diretos e indiretos, sejam criados com a reabertura da unidade de Nova
Xavantina. Ainda segundo a empresa, a retomada das atividades foi em função de
haver maior oferta de bovinos para abate, provocada, sobretudo, pelas
características atuais desse mercado na região.
Preços
O boletim semanal do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária
(Imea) mostra que os preços da arroba não estão em recuperação e registrou
o pior índice nos últimos três anos. Segundo levantamento, a cotação do boi
gordo à vista atingiu, no dia 19 de julho, o menor valor desde o dia 05 de
setembro de 2014, R$ 114,14/@.
Apesar da desvalorização na arroba, o Imea estima uma possível melhora
no segundo semestre, com a redução temporária da alíquota de ICMS em Mato
Grosso para abate em outros estados e recuperação na BM&F/Bovespa, que já
opera com alta nas cotações futuras do boi gordo. Com informações da
assessoria de imprensa da Acrimat.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
Copyright 2017 – Grupo CMA
Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 07/11/2024 17:50