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CARNES: Pecuarista investe em programa sanitário para melhorar produção

14 de julho de 2016
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Porto Alegre, 14 de julho de 2016 – O pecuarista Umberto Pacheco Souto
Filho, da Fazenda Campos do Cambará, localizada em Rosário do Sul (RS), há
dois anos aceitou o desafio de aumentar a produtividade do grupo, que atua com
ciclo completo: cria, recria e engorda, tanto em terras próprias como
arrendadas.

No entanto, para que a produção pudesse melhorar os rendimentos e
aproveitamento do desfrute, foi preciso um planejamento e avaliação da atual
situação dos negócios. Para isso, Umberto Filho recebeu ‘carta branca’ do
pai, Umberto Pacheco Souto, que até então estava à frente da administração
e, juntos tomaram decisões e iniciaram as mudanças necessárias.

Numa primeira avaliação, foi detectado que os custos de produção tinham
aumentado, principalmente devido a um crescente nos custos de arrendamentos das
áreas de pastagens, pela concorrência com as lavouras de soja. Mesmo as
terras de menor valor produtivo tinham tido um aumento no custo do arrendamento.

Por isso, a propriedade cortou do orçamento os arrendamentos. Se por um
lado um problema estaria resolvido, outro questionamento assombrava os
administradores: onde buscar alimentos para que o sistema de cria, recria e
engorda continuasse viável financeiramente?

A solução encontrada foi a aquisição de um pivô central para
produção de forragens irrigadas durante todo o ano, tanto para produção de
forragens para ensilagem, como para produção de pré-secado. “No momento ele
está em plena atividade, sendo utilizado para pastejo rotativo. Como
resultado, conseguimos diminuir a lotação das pastagens na seca e dar um
alívio para que elas se recuperem para a produção de forragem no inverno”,
explica Umberto Filho.

Agregando valor

Uma importante iniciativa adotada pela propriedade Campos de Cambará foi
oficializar a parceria com o laboratório Biogénesis Bagó para desenvolver um
programa sanitário para todo o rebanho. Como ponto de partida, o coordenador
técnico da Biogénesis Bagó, Douglas Denardin visitou a propriedade para
analisar o manejo e as necessidades, e logo construiu o programa atendendo aos
requisitos e desafios encontrados.

Com isso, a propriedade passou a integrar o PROVA, da Biogénesis Bagó: um
programa que oferece soluções e assistência técnica personalizada em saúde
animal em estabelecimentos brasileiros. Além do desenvolvimento do programa
sanitário, a iniciativa visa construir relações duradouras e produtivas,
através de um exclusivo monitoramento de trabalho acordado, treinamento de
pessoal e apoio diagnóstico.

Um dos principais problemas eram as altas perdas embrionárias e abortos
por doenças da reprodução como IBR e BVD. Com o diagnóstico correto
chegou-se à solução: a aplicação das vacinas Bioabortogem H e Bioleptogen
(biológicos para prevenção de doenças que causam problemas reprodutivos).

“Outro problema enfrentado era a perda de animais jovens e adultos por
definhamento, com sintomas respiratórios, conjuntivites, diarreias e por
intoxicação pela planta Maria-mole (Senecio brasiliensis), muito comum na
região. Com a adoção das vacinas reprodutivas para prevenção de IBR, BVD e
Leptospiroses e, também da Rotatec J5, o desafio foi mitigado”, relata
Denardim.

Um salto rumo à eficiência

“O Brasil é um país chave para dar um salto rumo à eficiência. Já
temos observado essa transformação no sistema de produção do país, e nosso
papel como empresa é ajudar a difundir este conceito com intensidade, fomentar
cada vez mais o uso da tecnologia e dos recursos disponíveis para maximizar a
produção”, destaca Raul Moura, diretor comercial de Biogénesis Bagó
Brasil.

A proposta do laboratório é mostrar ao produtor que é possível
alcançar o máximo potencial produtivo do rebanho, diminuindo as brechas
produtivas entre quem consegue ser eficiente e quem está tentando melhorar.

Na Fazenda Campos do Cambará, com os excelentes resultados obtidos na
aplicação do programa de imunização, os proprietários decidiram aplicar um
plano integral de saúde para cobrir também o controle de doenças e dos ecto e
endoparasitários (carrapatos e bernes).

Outro cuidado tomado pela propriedade para seguir otimizando seu projeto é
com o manejo na vacinação. Umberto Filho salienta que há um estigma na
pecuária de que vacinar os animais soltos é mais prático do que no tronco de
contenção. “Muitos pecuaristas não dão atenção ao processo de
vacinação. Utilizamos seringas descartáveis e contenção no brete para todos
os animais, nas aplicações de medicamentos. Leva-se o mesmo tempo vacinando
os animais contidos do que soltos. No entanto, com uma qualidade de vacinação
muito superior, mesmo com um rebanho de mais de 1.200 vacas de cria, além dos
animais de recria e engorda”, enfatiza o pecuarista.

Em busca da Fronteira Produtiva, Umberto não para com os investimentos.
Além das inovações que já estão implantadas, decidiu profissionalizar o
cargo de capataz da propriedade. Contratou um médico veterinário para fazer a
verificação o rebanho com o objetivo de melhorar a qualidade dos serviços
prestados. “O capataz com educação em medicina veterinária é essencial
para profissionalizar o trabalho na propriedade”, conclui.

Fazenda Santa Maria, uma referência na produção de carne

Sair da “lacuna produtiva” – a diferença existente entre a
produção atual e o que se poderia produzir se fossem aplicadas as tecnologias
disponíveis fazendo uso mais eficiente dos recursos – é o grande desafio.

No outro extremo do Brasil, o pecuarista Leandro Brunetti, proprietário da
fazenda Santa Maria, localizada no Município de Nova Canaã do Norte (MT),
busca o reconhecimento de sua propriedade como referência de produção de
carne de qualidade.

Com um rebanho de 9.100 cabeças, a Fazenda Santa Maria realiza o ciclo
completo da atividade, com terminação em currais de engorda com capacidade
para mil animais. Com perfil muito empresarial, Brunetti não teme aos desafios
e mostra-se sempre aberto às novas tecnologias.

“Investir em tecnologia é ponto fundamental. Não tem como querer
melhorar os ganhos em produção sem evoluir no sistema de criação, deixando
os animais somente no pasto, sem fazer um trabalho de seleção para estação
de monta. Seria desperdício! Tem que focar no objetivo e fazer acontecer”,
acredita o empresário.

Brunetti também participa do programa PROVA, da Biogénesis Bagó, porque
considera fundamental o trabalho em parceria para alcançar o sucesso. “O
suporte no PROVA é muito bem feito. Há assistência específica para nossas
necessidades, além da motivação para toda a equipe com capacitação
técnica. Queremos nos tornar referência em nossa região na produção de
carne de qualidade. Por isso, investimos em tecnologias, cumprindo calendário e
protocolos de saúde animal, programa de nutrição, rotacionamos os pastos e
temos a ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta) para aproveitar ao
máximo o desfrute da propriedade”, explica o pecuarista.

Para produzir mais e melhor, a Fazenda Santa Maria tem um programa
sanitário anual desenvolvido pela Biogénesis Bagó, focado no controle
preventivo das doenças, com a intenção de barrar a entrada de qualquer
microrganismo que possa comprometer o rebanho e trazer problemas futuros.

O resultado foi muito positivo. O desmame dos bezerros Angus atingiu uma
média de 300 kg e os Nelore com peso médio de 260 kg. No confinamento, os
índices chegam a 1,990 kg/dia de ganho de peso vivo.

Sempre em busca de melhorias, a fazenda Santa Maria tem um consistente
programa de reposição mineral para o gado com produtos especializados (sal
mineral) e produz milho destinado à preparação de silagem para o
confinamento. O sistema de pastejo é rotacionado em pastagens mistas de Panicum
Maximum e Brachiária, que são fertilizados anualmente e recebem reformas
periódicas.

“Estamos em busca da Fronteira Produtiva. Não é algo que se consegue da
noite para o dia, mas a longo prazo, com trabalho e tecnologia. Apostamos em
uma maior taxa de prenhez e de parição para produzir mais e carne de melhor
qualidade. Não produzimos beleza, nosso foco principal é a carne”, conclui.

Fronteira Produtiva

Indices de países que alcançaram o máximo potencial produtivo
– 95% de taxa de prenhez
– Taxa de desfrute 38,4% (EUA)
– Peso de carcaça 355 kg (EUA)
– 90% de taxa de desmama (EUA)
– 10 mil litros por lactação (Israel)

Como está o Brasil
– Rebanho: 207,7 milhões de cabeças
– 23 milhões de bezerros
– 98 milhões de fêmeas – cria
– Taxa prenhez 67%
– Taxa de desmama no Brasil: 54%
– Taxa de Desfrute no Brasil: 20,3%
– Peso de Carcaça no Brasil: 239 kg
– 1400 litros de leite por lactação

Sobre a Biogénesis Bagó

A Biogénesis Bagó é uma empresa líder nos principais mercados da
América Latina, com projeção global, e comprometida com o desenvolvimento de
soluções para a saúde e sustentabilidade da produção pecuária por meio da
biotecnologia. Em 2014 foi nomeada pela revista inglesa Animal Pharm como a
melhor empresa de saúde animal da América Latina.

A empresa desenvolve e comercializa produtos e serviços veterinários
criados para garantir a saúde e melhorar a produtividade dos rebanhos bovinos
de carne e leite. Conta com um portfólio de mais de 70 produtos e 650 registros
em distintos países.

Com escritórios na Bolívia, Brasil, América Central, México e Uruguai,
sua sede está localizada na Argentina, com fábricas em Monte Grande e Garín
(província de Buenos Aires). No Brasil, conta com uma planta fabril na cidade
de Araçoiaba da Serra (SP).

A empresa é a maior provedora de vacinas contra febre aftosa do
continente, tanto que quatro em cada 10 vacinas antiaftosa aplicadas na América
são produzidas pela Biogénesis Bagó. A capacidade anual de produção da
empresa é de 200 milhões de doses de vacinas contra febre aftosa, 30 milhões
de doses de vacina antirrábica e 100 milhões de doses de vacinas combinadas.
As informações partem da assessoria de imprensa da Biogénesis Bagó.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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