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CARNES: Protocolo sanitário antecipado garante mais eficiência no confinamento bovino

4 de julho de 2023
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Porto Alegre, 4 de julho de 2023 – Confinar animais para terminação é uma ferramenta
imprescindível em qualquer projeto de intensificação pecuária. O que antes era uma simples
estratégia de entressafra para explorar o “repique” do valor pago pela arroba se tornou um caminho
para a evolução na pecuária visando otimizar o modelo de produção.

Além de infraestrutura, nutrição estratégica e acompanhamento do peso dos animais, outras
ações são importantes nos momentos próximos ao início do confinamento para prevenir problemas e
garantir o máximo desempenho nas operações e na produtividade animal. Isso porque a
intensificação traz riscos sanitários, que se não forem tratados de maneira estratégica, podem
comprometer os ganhos.

Por isso, a cada dia mais confinamentos e propriedades estão investindo no estabelecimento de
protocolos sanitários para fortalecer no rebanho sua imunidade e a capacidade de suportar as
mudanças de manejo, que incluem longos transportes, estresse, além de mudanças na alimentação e
ambiente. A ausência de protocolos rígidos pode acarretar baixa imunidade, pneumonias, parasitas,
desempenho animal inferior e até a morte.

A Maximus Agronegócio, um dos boitéis referência no Brasil, vem melhorando significativamente
a eficiência com menos perdas decorrentes de problemas sanitários em razão de um trabalho
estratégico desenvolvido em parceria com a Biogénesis Bagó.

Os boitéis recebem animais de propriedades de todo o Brasil, que viajam longos períodos.
“Justamente por conta desse estresse, estamos mapeando os clientes que enviarão os animais para os
confinamentos da Maximus e iniciamos o protocolo sanitário na fazenda de origem, realizando a
vacinação do gado uma semana antes de começar o trajeto. Dessa forma, o animal já chega
pré-imunizado no confinamento e pronto para tomar a dose reforço. Essa estratégia ajuda a reduzir
as perdas e tornar o confinamento mais eficiente”, explica o gerente de Demanda da Biogénsis Bagó,
Bruno di Rienzo.

O engenheiro agrônomo, sócio e diretor da Maximus Agronegócio, Bruno Gottardi explica que o
empreendimento oferece toda a infraestrutura necessária para a realização do confinamento, como:
área de desenvolvimento da operação, instalações, mão de obra qualificada, atendimento
médico-veterinário, nutricional, manejo completo e comercialização dos animais. Neste cenário,
a empresa especializada recebe os animais para engorda até o abate, fornecendo a estrutura completa
para que desempenhem todo o seu potencial produtivo e econômico.

Dentre os principais desafios dos animais de terminação estão os riscos metabólicos,
sanitários e de manejo, que podem influenciar na mortalidade e morbidade do rebanho. As principais
causas de mortalidade no confinamento são pneumonia, clostridioses, fraturas, acidentes e as
enterotoxemias. As doenças respiratórias dos bovinos (DRB) ganham destaque nos desafios do
confinamento porque decorrem dos desequilíbrios entre as defesas naturais dos animais e os fatores
ambientais externos e estresse.

“Para atendermos com qualidade a todos estes critérios adotados em nosso confinamento
precisamos contar com um protocolo sanitário rígido. Hoje, na Maximus, a Biogénesis Bagó é
responsável por todo o tratamento de animais doentes, que apresentam sintomas de doença
respiratória, problemas de cascos, refugo de cocho, bem como o tratamento preventivo no dia em que
esses animais recebem o protocolo sanitário, como a vacina respiratória para prevenção das
DRBs”, salienta o diretor.

Ainda, segundo Gottardi, o trabalho de prevenção que começa antes do gado sair da fazenda
ajuda os animais recebidos nas plantas de confinamento do grupo a estarem mais saudáveis e menos
estressados. “A Biogénesis Bagó também promove treinamentos, além de auxiliar e direcionar os
produtos e medicamentos específicos para cada enfermidade”, complementa.

Foco na terminação

Hoje a Maximus conta com três plantas de confinamento no estado de São Paulo, em Sertãozinho,
Sales e Clementina. As unidades totalizam uma capacidade estática para 28 mil bois e capacidade de
abate anual aproximada de 70 mil animais.

“O confinamento terceirizado é uma ferramenta importante para melhorar os resultados da
pecuária. À medida em que as fazendas investem em pastagem e aumentam o nível de intensificação
é difícil renunciar a uma ferramenta como essa. Além disso, buscamos a melhor forma de
comercializar esses animais, além de estarmos 100% focados no nosso dia a dia em garantir que as
coisas aconteçam da melhor forma possível, dentro de uma rotina que os animais estejam
acostumados”, explica Gottardi.

Como exemplo, entre os serviços oferecidos pela Maximus Agronegócio está a garantia de
qualidade dos insumos, qualidade de água, manejo de cocho, instalações e maquinários. “Nosso
parceiro não precisa se preocupar com nada. Além disso, nosso trabalho alivia a necessidade de
capital de giro para engorda de animais dentro da propriedade, uma vez que as despesas são
descontadas apenas no momento do abate, livrando o caixa para investir em outras coisas, como compra
de animais, corretivos e fertilizantes. Existem aqueles também que enxergam oportunidades de
negócios e utilizam o confinamento para viabilizar a operação”, salienta o diretor da empresa.

Como funciona o confinamento terceirizado?

Os animais que chegam ao confinamento passam por um período de recepção, sendo processados e
munidos de todo o protocolo sanitário. Após a imunização, iniciam com a dieta de adaptação e
posteriormente de terminação. São realizados quatro tratos por dia e a lavagem dos bebedouros
todos os dias da semana. Os animais ficam no confinamento, de maneira geral, em torno de 120-125
dias, antes de irem para os frigoríficos.

“Na Maximus trabalhamos com arroba produzida, por meio da qual o pecuarista será cobrado em
cima do que o confinamento produz, por quilo de matéria seca fornecida, modalidade em que medimos o
consumo diário dos animais, com um custo pré-combinado e que será descontado também apenas no
final da engorda”, explica Gottardi.

Outro serviço oferecido pela empresa é a parceria padrão, na qual o pecuarista possui as @s
de entrada do confinamento e recebe no dia do abate, não participando da engorda e também de seus
riscos. “Importante ressaltar que é possível travar preço futuro de venda conosco e que também
trabalhamos com um número expressivo de novilhas, especialmente Nelore e cruzamentos industriais,
tendo uma participação importante dentro do nosso negócio”, acrescenta.

Com o confinamento terceirizado, a principal vantagem para o pecuarista é que as empresas
contratadas assumem todo o manejo operacional da atividade, assim como a responsabilidade pelo
sistema de terminação e rejeito dos animais, dando ao produtor a oportunidade de descanso da
pastagem. Além disso, os animais são rastreados, permitindo um valor agregado da arroba no momento
do abate.

“Nosso principal objetivo é agregar valor às operações dos nossos parceiros, nos colocando
à disposição como ferramenta de manejo para as propriedades, ajudar no aumento do desfrute e
resultado das mesmas, tornando as operações cada vez mais rentáveis e lucrativas”, finaliza Bruno
Gottardi.

Para Bruno Di Rienzo, da Biogénesis Bagó Brasil, o trabalho desenvolvido com a Maximus
contribui para tornar mais eficiente o pilar da sanidade, que junto com os demais – genética,
nutrição, sustentabilidade, gestão e bem-estar animal – ajudam a sustentar a pecuária do futuro,
que busca a produção do ‘Boi Azul’.

“O trabalho da Maximus realmente é diferenciado em todos os níveis. Isso nos possibilitou
implementar uma estratégia sanitária que é considerada hoje a mais eficiente no que tange à
imunoprofilaxia, que, entretanto, por dificuldades logísticas é pouco aplicada nas diversas
propriedades rurais”, avalia Rienzo.

“Após mapear os clientes do boitel, temos métricas de distância da fazenda de origem do gado
até a chegada no confinamento. Para mitigar o efeito desse transporte de altas distâncias, criamos
uma logística que permite aplicar a estratégia sanitária diretamente na fazenda de origem antes
do embarque dos animais para o boitel. Assim os animais já iniciam a viagem pré-imunizados e
chegam em uma condição sanitária muito mais favorável, permitindo assim que possam performar
sobremaneira. É o que há de melhor quando pensamos nos pilares de sanidade e bem-estar animal, o
que permite resultados sanitários ainda melhores do que o benchmarking do setor apresenta”,
finaliza. As informações partem da assessoria de imprensa da Biogénesis Bagó.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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