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CARNES: Qualidade não está em xeque, diz presidente da ABPA

17 de julho de 2017
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Porto Alegre, 17 de julho de 2017 – Nos últimos quatro meses, o setor
produtivo de proteína animal tem vivido um ataque sem precedentes à sua
imagem. Na visão do presidente-executivo da Associação Brasileira de
Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, a solidez e a qualidade do sistema
produtivo brasileiro têm sido colocadas em xeque de forma equivocada.

Mesmo após os esclarecimentos apontados pelo setor em face dos equívocos
na divulgação da Operação Carne Fraca, as deturpações e generalizações
seguem impactando a imagem do setor, explica o presidente da ABPA.

“Em entrevista recente, o Embaixador da União Europeia no Brasil
ressaltou que o produto brasileiro é imbatível, ao passo que o Comissário
Europeu de Saúde e Segurança Alimentar, Vytenis Andriukaitis, em encontro em
Estrasburgo (França), recomendou aos eurodeputados que observassem os fatos e
não as notícias, destacando o papel do Brasil ao longo da história, sem
registros de venda de produtos contaminados. As autoridades sanitárias dos
países importadores pedem ajustes no sistema de inspeção, o que o Governo
Brasileiro tem se concentrado em fazer. Mas é importante que a sociedade não
confunda questões de ajustes com problemas sanitários. E são questões
pontuais, não de toda a cadeia produtiva. A qualidade não está em xeque”,
analisa Turra.

O presidente da ABPA ressalta que, mesmo diante das turbulências
enfrentadas ao longo do primeiro semestre deste ano, o setor manteve patamares
sólidos de exportações. Foram mais de 98,5 mil contêineres de carne de aves
e de suínos embarcados apenas no primeiro semestre deste ano.

“No mercado internacional, o Brasil segue com condições de
competitividade favoráveis. A maior delas é seu status sanitário, sem nunca
ter registrado focos de Influenza Aviária, livre também de doenças como Peste
Suína Clássica e Diarreia Suína Epidêmica. Nosso sistema é auditado pelos
países importadores e por diversos órgãos privados, com mais de mil visitas
realizadas apenas em 2016. Somos o primeiro país do mundo a constituir um
núcleo produtivo em compartimentos, projeto pioneiro que realizamos sob a
batuta da Organização Mundial de Saúde Animal. Assim como qualquer outro
sistema produtivo do mundo, temos ajustes a realizar e pontos a aprimorar, mas
é inegável a condição que nos colocou na liderança mundial dos embarques de
proteína animal”, aponta.

O clima de desconfiança que se instaurou em torno da imagem do setor é o
motivador de uma infinidade de ações de resgate da credibilidade do sistema
produtivo. Diversas destas ações são organizadas pela própria ABPA, como o
Salão Internacional de Avicultura e Suinocultura – SIAVS (29 a 31 de agosto,
em São Paulo/SP), considerado pela associação como a principal ação
realizada pelos setores este ano.

“Nos últimos tempos, o setor de proteína animal apresentou um
crescimento 40% acima da própria média do agronegócio mundial. Os
indicadores positivos foram determinantes para o desenvolvimento de diversos
polos de produção pelo Brasil, especialmente no interior. São 4,1 milhões
de postos de trabalho diretos e indiretos gerados em um sistema produtivo que
garante a segurança alimentar não apenas do Brasil, mas de 160 países nos
cinco continentes. Não podemos permitir que o clima de desconfiança gere
oportunidades para oportunistas. São cinco décadas de investimentos e um
intenso trabalho reunindo empresas e cooperativas em uma gigantesca cadeia
produtiva”, ressalta Turra. Com informações da assessoria de imprensa da
ABPA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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