Porto Alegre, 12 de março de 2021 – O Rio Grande do Sul será
reconhecido internacionalmente como um Estado livre de febre aftosa sem
vacinação pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE). A notícia, dada
pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, foi
bem recebida pelo governador do Estado, Eduardo Leite.
Segundo Leite, esse reconhecimento vai abrir mercados mundo afora para
vendermos aquilo que produzimos de proteína animal. “Também vai incentivar
investimentos em frigoríficos, em produção de proteína animal e,
consequentemente, em emprego e renda para a nossa população, acessando esses
outros mercados e colocando mais recursos no nosso Estado”, ressaltou.
A homologação, por parte da OIE na assembleia geral, deve ser realizada
em maio, na França. Acre, Rondônia, Paraná e parte do Amazonas e do Mato
Grosso também obtiveram o reconhecimento.
A retirada da vacinação evidencia, em âmbito mundial, que o Estado tem
defesa sanitária confiável e permitirá acesso ao mercado de carnes chamado
circuito “não aftósico”, onde se estima poder exportar cerca de US$ 1,2
bilhão anuais adicionalmente. Atualmente, a carne gaúcha não acessa 70% dos
mercados potenciais. Outra vantagem da condição é o preço pago ao produtor,
que tende a aumentar entre 25% e 30% a partir da evolução de status
sanitário.
“Em nome do Rio Grande do Sul, agradeço ao Ministério pela condução
desse pleito. Essa conquista é fundamental e esperamos, entre exportação e
acesso a mercados, movimentar mais de US$ 1 bilhão por meio desse certificado.
Vale salientar que estamos fazendo investimentos desde 2019 de mais de R$ 10
milhões para prestar melhores serviços aos produtores do Rio Grande do Sul, a
fim de alcançarmos esse reconhecimento”, afirmou o secretário da
Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Covatti Filho.
Em agosto do ano passado, o Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa) já havia formalizado o Rio Grande do Sul como zona livre
da febre aftosa sem necessidade de vacinação. O reconhecimento permite que em
torno de 12,5 milhões de cabeças, entre bovinos e bubalinos, deixem de ser
vacinadas no Estado. O reconhecimento nacional pelo Mapa é um dos passos para
alcançar o reconhecimento internacional na OIE.
Também deixa de ser necessária a aplicação de 20 milhões de doses
anuais de vacina, uma vez que a imunização ocorria em duas etapas: rebanho
geral e para animais com até 24 meses.
Para realizar a transição de status sanitário, os Estados e as regiões
atenderam a requisitos básicos, como aprimoramento dos serviços veterinários
oficiais e implantação de programa estruturado para manter a condição de
livre da doença, entre outros, alinhados com as diretrizes do Código Terrestre
da OIE.
O processo de transição de zonas livres de febre aftosa com vacinação
para livre sem vacinação está previsto no Plano Estratégico do Programa
Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (Pnefa), conforme estabelecido pelo
Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa). As
informações partem da assessoria de imprensa da Seapdr.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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