Porto Alegre, 15 de dezembro de 2021 – A Administração Geral de
Alfândegas da China (Gacc, na sigla em inglês) publicou nesta quarta-feira
(15.12) um documento em que permite a retomada da importação de carne bovina
do Brasil, após mais de 100 dias de suspensão.
O fim do embargo foi confirmado também pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa) e é visto com otimismo pelos pecuaristas,
especialmente os de Mato Grosso, estado que possui o maior rebanho bovino do
país e tem a China como um dos principais destinos da proteína mato-grossense.
“Enfim, uma boa notícia para a pecuária e para o Brasil. A China
suspendeu o embargo que nunca deveria ter acontecido, provando que a questão
nunca foi sanitária, mas político-econômica. Com 1,4 bilhão de habitantes
para alimentar – e uma classe média emergente muito importante, que gostou da
nossa carne em razão do preço, qualidade e quantidade – o governo chinês não
teria mais como segurar esse embargo”, afirmou o presidente da Associação
dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Oswaldo Ribeiro Júnior.
O Brasil ficou temporariamente impedido de importar para a China desde o
dia 4 de setembro, após dois casos atípicos de encefalopatia espongiforme
bovina (EEB), doença da vaca louca, serem registrados no estado de Minas Gerais
e outro em Mato Grosso. Casos esses que foram investigados pela Organização
Mundial de Saúde Animal (OIE) e considerados sem risco de contaminação.
Apesar disso, as vendas para a China permaneceram interrompidas. Porém, o
mercado brasileiro conseguiu se readequar e outros países se tornaram
importantes compradores da carne bovina.
“Hoje o Brasil está em uma posição mais confortável no mercado
externo, com a abertura significativa de mercados que tem comprado bastante do
Brasil, como todo o sudeste asiático, a Rússia que está iniciando suas
compras e uma grande surpresa, que foi o volume importante destinado aos Estados
Unidos”, disse Oswaldo Ribeiro Júnior.
A expectativa agora é de melhoria e aquecimento do mercado futuro da carne
bovina. “Esse é um presente de Natal para todos os brasileiros. Acreditamos
que 2022 será um ano muito melhor para a pecuária”, concluiu o presidente da
Acrimat. As informações partem da Acrimat.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 19/08/2025 08:45