Porto Alegre, 22 de janeiro de 2020 – A Secretaria da Agricultura,
Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul apresentou, nesta
terça-feira (21), ações que deverão ser tomadas para que o estado possa
evoluir o status sanitário para zona livre de aftosa sem vacinação. As
medidas seguem 18 recomendações elencadas pelo Ministério da Agricultura no
relatório da auditoria realizada em setembro do ano passado.
“Alguns apontamentos nós já tínhamos soluções a apresentar. A
retirada da vacinação é o maior avanço desta secretaria para os próximos
anos”, disse o secretário Covatti Filho, que, por estar em um curso de
gestão nos Estados Unidos, participou da reunião por videoconferência. No
início de fevereiro, ministério e secretaria devem se reunir para avaliar as
medidas adotadas e decidir se o processo de evolução do status sanitário
continuará, com a possibilidade de a etapa da vacinação de maio ser suspensa.
“Mas tudo isso se dará com diálogo constante com o setor produtivo”,
pontuou o secretário Covatti.
Entre as recomendações do Ministério, está a reorganização do quadro
de pessoal para que os fiscais agropecuários sejam retirados de atividades
administrativas e se dediquem integralmente à fiscalização. “Para que isso
ocorra, estamos com um processo para contratação, por licitação, de 150
postos de trabalho em serviços de logística administrativa”, detalhou o
secretário em exercício, Luiz Fernando Rodriguez.
Outro apontamento se refere à atualização da frota de veículos da
Seapdr, que solicitará a aquisição de carros utilitários com manutenção
garantida. As demais recomendações incluem: modernização e ajuste do Sistema
de Defesa Agropecuária da secretaria, padronização no cumprimento da
legislação, incremento da fiscalização volante, elaboração de estratégia
para funcionamento dos postos fiscais, incremento na fiscalização de eventos
com aglomeração de animais, cumprimento de metas dos programas de sanidade
animal, atividades de educação em saúde animal e maior participação do
serviço veterinário oficial nas ações do SUS. “Temos ações definidas
para cada uma destas 18 recomendações”, finalizou Rodriguez.
Estiveram presentes à reunião representantes das federações da
Agricultura (Farsul), Brasileira das Associações de Criadores de Animais de
Raça (Febrac), dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS) e do Fundo de
Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa).
Vantagens para a retirada da vacinação
Se o Rio Grande do Sul for declarado como zona livre de aftosa sem
vacinação, poderá atingir mercados mais exigentes, que atualmente não
reconhecem e não compram proteína de animais de zonas com vacinação e que,
consequentemente, remuneram melhor. São países como a China, Japão, Coreia do
Sul, Estados Unidos, Chile e Filipinas.
Além disso, desde que Santa Catarina e Paraná conquistaram o status
sanitário de zona livre de aftosa sem vacinação, o Rio Grande do Sul não
pode mais vender para estes estados. Só o Paraná representa 70% dos bovinos
comercializados do território gaúcho para outros estados. As informações
partem da assessoria de imprensa da Sepdr.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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