SAFRAS (15) – O Governo do Rio Grande do Sul criou grupo de trabalho para
estimular a produção e certificação da carne orgânica. A iniciativa é do
plano RS Sustentável e tem o objetivo de oferecer um produto com maior
rentabilidade ao produtor e mais saudável ao consumidor. A iniciativa também
busca a preservação do Bioma Pampa, explica o coordenador do programa,
Francisco Milanez.
Integram o grupo as secretarias de Agricultura, Pecuária e Agronegócio
(Seapa), Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR),
Emater, Secretaria do Meio Ambiente (Sema), Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa), técnicos de organizações não
governamentais e produtores de bovinos, suínos, ovinos e aves.
Já ocorreram duas reuniões do colegiado. A próxima será com
degustação da carne orgânica numa atividade com o governador Tarso Genro, em
agosto, no Galpão Crioulo, do Palácio Piratini. A primeira etapa do trabalho
é reunir o maior número de produtores que desejam fazer a conversão para o
modo orgânico. Estima-se que o produto possa ter um acréscimo de até 40% no
valor de comercialização e ter menor custo de produção comparado à
produção tradicional.
Entre os objetivos do Governo Estadual, está o de propiciar assistência
técnica àqueles que desejam adotar estas novas práticas, auxiliar na
certificação e na promoção e comercialização. “Vivemos no melhor estado
para produzir carne orgânica por termos campos nativos de grande qualidade,
como os do Bioma Pampa, que dispõe de uma variedade de até 150 espécies nas
pastagens que servem de alimentação aos animais. Esta é uma proposta concreta
para preservar este bioma, que vem sendo destruído recentemente com o avanço
agrícola que já dizimou 42% dos campos”, registra Milanez.
“As pessoas vêm sofrendo cada vez mais pela contaminação ambiental,
onde os agrotóxicos constituem a origem de diversas doenças degenerativas e os
hormônios usados têm prejudicado de forma assustadora a fertilidade humana”,
acrescenta o coordenador do RS Sustentável.
Mais saúde
O sistema de produção orgânica é baseado no respeito ao meio ambiente,
responsabilidade social e sustentabilidade econômica, características de um
moderno mercado consumidor que busca produtos que atendam às expectativas em
relação à segurança alimentar e ao bem-estar animal.
A carne orgânica segue recomendações legais e caracteriza-se por estar
livre de contaminações por medicamentos e hormônios. A alimentação dos
animais é também orgânica e a criação deve ter níveis considerados
cômodos e dignos, como rebanhos não confinados ou privados de convívio com a
natureza.
Este sistema produtivo passa por auditoria e certificação, garantindo que
a carne é produzida da maneira mais natural possível, isenta de resíduos
químicos e com preocupação socioambiental. Na aparência, a carne orgânica
assemelha-se às carnes convencionais. A diferença está no modo de produção,
que garante um produto de qualidade muito superior. Um crescente número de
consumidores está disposto a adquirir produtos mais seguros, a preços mais
altos, observa Milanez.
No Brasil, é recente a produção de carne orgânica, produzida apenas por
duas associações na Bacia Hidrográfica do Pantanal, no Mato Grosso e Mato
Grosso do Sul. Maiores informações pelo email
planors-sustentavel@secdes.rs.gov.br, o número (51) 3288.6107 ou no site. Com
informações da assessoria de imprensa da Seapa/RS (AB)
Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 22/11/2024 17:50