Porto Alegre, 30 de dezembro de 2021 – Na tarde de quarta-feira (29), foi
concluído o embarque de 11.465 terneiros no Porto de Rio Grande, com destino ao
Egito. A operação começou nesta segunda, com o transporte dos animais do
Estabelecimento de Pré-Embarque (EPE) Cristal até a Unidade de Vigilância
Agropecuária (Uvagro) do Ministério da Agricultura no porto. Os animais foram
transportados em grupos menores, computando um total de 207 viagens entre o EPE
e o porto. O último grupo de terneiros saiu do EPE Cristal às 3 horas da
madrugada desta quarta-feira.
Este é o primeiro e único embarque de animais vivos no Rio Grande do Sul
em 2021. A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr)
acompanhou todo o procedimento, realizando a fiscalização sanitária e
observância do bem-estar dos animais, desde o período de quarentena até a
chegada ao Porto de Rio Grande.
“Observamos todos os aspectos de bem-estar animal: se há água e comida
suficiente, locais específicos para os animais se deitarem durante o período
em que estão quarentenados. No embarque, vistoriamos os caminhões, para não
haver superlotação. Os caminhões não podem ter nenhuma aresta nas
carrocerias, para que os animais não sofram nenhuma machucadura. A gente não
permite uso de guizos ou outros meios de condução, a não ser as bandeiras.
Também não são permitidos cachorros ou gritos, para não estressar os
animais”, detalha o diretor do Departamento de Controle Regional da Defesa
Agropecuária da Seapdr, Henrique Bueno.
Os terneiros, todos machos não castrados, são de diversas propriedades do
Rio Grande do Sul e ficaram quarentenados no EPE Cristal por 21 dias. A compra
foi realizada por um cliente único. “Cada cliente exige um tipo de
mercadoria: tem alguns que querem uma raça específica, peso específico,
então é, sim, um pouco complexo e demora certo tempo. Tem uns três meses que
estamos trabalhando nesse único embarque”, conta o diretor de exportações
da Estância del Sur, Vinícius Pilz.
Uma equipe de quatro servidores da Supervisão Regional de Pelotas da
Seapdr se revezou, em grupos de dois a cada turno de 12 horas, para fiscalizar
as condições sanitárias e de bem-estar dos animais durante todo o
procedimento de embarque nos caminhões até o Porto de Rio Grande. “A
Secretaria está envolvida no processo desde 30 a 40 dias antes da data do
carregamento. É um trabalho meticuloso que desenvolvemos com muito esmero”,
diz o extensionista rural José Fernando Santos da Silva, que acompanhou a
operação.
A partir do momento em que os animais chegam ao porto, o Ministério da
Agricultura assume o papel que até então era cumprido pela Seapdr, observando
as condições dos animais durante o embarque no navio que os levará ao destino
final, no Egito. “Somos todos profissionais, em sua maioria médicos
veterinários, então a gente se preocupa com o bem-estar animal e o respeito à
vida. O animal não é um objeto inanimado, que se coloca num caminhão e larga
dentro de um navio. Eles têm um comportamento particular, de rebanho, então
tudo isso tem que ser respeitado”, conclui a supervisora regional da Seapdr em
Pelotas, Liege Furtado. As informações partem da assessoria de comunicação
social da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr).
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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