Porto Alegre, 14 de março de 2018 – A avicultura industrial brasileira,
considerada uma das mais avançadas do mundo, cumpre este ano mais uma
importante etapa no aperfeiçoamento dos controles sanitários: a adoção da
compartimentalização.
A Associação Catarinense de Avicultura (ACAV) e Associação Brasileira
de Proteína Animal (ABPA) promoverão solenidade de certificação da unidade
catarinense da Seara Alimentos localizada em Itapiranga (SC) como a primeira
unidade produtora de frangos de corte do Brasil e do Mundo certificada com a
compartimentação.
A solenidade de certificação – com a presença do ministro Blairo
Maggi, da Agricultura e entidades do agronegócio – ocorrerá no próximo dia
26 deste mês de março, às 10 horas da manhã, na sede da Federação das
Indústrias no Estado de Santa Catarina (FIESC), no bairro Itacorubi, em
Florianópolis (SC).
O presidente da ACAV, José Antônio Ribas Júnior, assinala que “este é
um importantíssimo avanço para a avicultura catarinense e brasileira. Quem
acompanhou de perto este tema sabe o valor institucional desta conquista para o
setor produtivo e para o Estado.”
As primeiras certificações de compartimentação no mundo estão sendo
concedidas para a unidades de frango de corte (da Seara Alimentos, de
Itapiranga/SC) e de genética de ovos (da Hy Line, de Nova Granada/SP).
A compartimentação é um programa que consiste, basicamente, na
estruturação da produção em compartimentos, que mapeiam e isolam plantas e
estruturas de granjas. Com este modelo produtivo, a reação a eventos
epidemiológicos será mais rápida e de mais fácil controle, reduzindo os
impactos econômicos gerados e dando maior segurança sanitária à cadeia
produtiva. Ao mesmo tempo, por estar isolado, o sistema compartimentado
proporciona melhores garantias de continuidade das vendas internacionais em caso
de eventualidades sanitárias.
Ribas lembra que esforços nessa direção já estavam sendo feitos nos
últimos anos com a regionalização da avicultura brasileira, em atendimento a
diretrizes do Código Zoosanitário da Organização Mundial de Saúde Animal
(OIE), estabelecida como medida para reduzir o impacto sobre a produção
avícola diante da possível ocorrência de um foco de doenças da antiga lista
A (Influenza Aviária, Newcastle).
O presidente da ACAV destaca que adoção da compartimentalização
representa um avanço ainda maior no sistema de proteção da cadeia industrial
da avicultura brasileira, já considerada uma das mais avançadas do mundo.
GARANTIAS
A ACAV participa, desde 2004, da estruturação do programa de
regionalização da avicultura brasileira por Estado. A regionalização tem
como objetivos principais reduzir a vulnerabilidade da produção avícola
regional, criar condições para que um eventual foco de doença da antiga lista
A se circunscreva à região onde ocorreu, preservando a avicultura de outros
Estados da Federação.
Também visa dar garantias aos países importadores, assegurando que o
risco é insignificante para as importações de produtos avícolas brasileiros
de regiões não afetadas. Outra ação dos órgãos representativos do setor
seria a de procurar que os serviços sanitários dos países importadores
aceitem essas garantias, permitindo importações com origem em áreas livres.
ACAV defende a compartimentalização com objetivo de melhorar o controle
para não disseminar as doenças em caso de um foco e, em caso de registro de
doenças, manter as exportações de Estados não afetados.
“Os Estados têm capacidade para assumirem mecanismos eficazes no
controle de doenças”, observa Ribas Júnior, lembrando que todos estão
comprometidos com um programa de prevenção e controle: governo, empresas
avícolas e criadores. Regiões de alta produção de aves, como o Oeste de
Santa Catarina, devem adotar a compartimentalização. Com informações da
assessoria de imprensa da ACAV.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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