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CARNES: SC terá Programa de Desenvolvimento da Bovinocultura de Corte

22 de outubro de 2018
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Porto Alegre, 22 de outubro de 2018 – Santa Catarina é reconhecida
internacionalmente pela elevada qualidade na produção de proteína animal,
principalmente de suínos e aves. Declarado pela Organização Mundial de Saúde
Animal (OIE) como área livre de febre aftosa sem vacinação, o Estado é o
único do País com esse título, o que garante acesso a grandes mercados de
exportação. A intenção agora é estimular alavancar a carne bovina ao mesmo
patamar, aumentando a produção e tornando o Estado autossuficiente em carne
bovina e qualificado para a exportação.

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina
(Faesc), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/SC) e o Sebra/SC
uniram esforços para incentivar a expansão da produção com o Programa
Estadual de Desenvolvimento da Bovinocultura de Corte de Santa Catarina. Seu
objetivo é proporcionar evolução no nível de gestão, aumento da produção
com o incremento da renda líquida, melhorias na nutrição e no padrão racial
dos bovinos de corte.

O programa atende 28 grupos pertencentes a 27 Sindicatos Rurais que
abrangem 73 municípios em todo o Estado. Ao todo, 840 produtores são atendidos
por técnicos de campo que efetuam visitas mensais e supervisores técnicos.
“A meta para o próximo ano é aumentar para 1.500 o número de produtores
rurais participantes e beneficiados pelo Programa de Assistência Técnica e
Gerencial (ATeG) em Pecuária de Corte”, destacou o presidente do Sistema
Faesc/Senar, José Zeferino Pedrozo, durante o 1 Dia de Campo Estadual do
Programa de Desenvolvimento da Bovinocultura de Corte de Santa Catarina.

O evento ocorreu na Fazenda Araucária exemplo de sucesso no programa,
localizada na comunidade de Cambará, em Bom Retiro, na serra catarinense, da
família Kauling (Wilson Kauling e Ana Wiggers Kauling), e contou com a
expressiva presença de aproximadamente 800 produtores rurais. Durante o evento
conheceram a propriedade e os avanços técnicos produtivos em manejo da
pastagem, integração lavoura-pecuária, melhoramento do campo nativo e
genética. Durante o Dia de Campo, o Sebrae/SC confirmou a parceria para o
próximo ano do programa.

Pedrozo apresentou aos produtores os resultados alcançados em um ano de
projeto. A taxa de prenhês subiu 11%, o nascimento de terneiros teve incremento
de 9,5% e na quantidade de animais comercializados aumentaram 13,33%. Com
relação aos resultados financeiros, a média das propriedades teve uma
redução de 0,9% nos custos de produção e faturamento de mais 6,6%.

Com o projeto de Inseminação Artificial por Tempo Fixo (IATF), foram
inseminadas 18.905 matrizes com taxa de prenhes de 69%, incluindo o período de
repasse com touros. Para a temporada 2018/19 a previsão é inseminar 31.095
vacas. “Os impactos diretos observados com o programa foram melhoria na
genética, nascimento uniforme, valor agregado na comercialização”,
observou.

O presidente também demonstrou cases de sucesso do programa e citou como
exemplo a Fazenda São Luiz, do produtor Marcos J. Pinto da Silva, localizada no
município de Rio Negrinho. Quando iniciou com as visitas técnicas e
gerenciais o produtor tinha uma taxa de natalidade de 46%, após um ano de
programa a taxa está em 89%. As ações realizadas pelo produtor foram
definição de estação de monta, implantação de pastagens perenes, IATF com
repasse de touros.

O coordenador do programa em Santa Catarina Antônio Marcos Pagani de Souza
explicou que a metodologia está orientada para melhorar a gestão da
atividade, a nutrição dos rebanhos e a eficiência na produção de carne.
“Além disso, com o protocolo de Inseminação Artificial por Tempo Fixo
(IATF), desenvolvido por meio de parceria com o Sebrae, registramos avanço no
número de vacas prenhes de 41% para 69%. Isso interfere diretamente na
qualidade da produção e possibilita incremento de mais de 10% no valor de
comercialização dos animais. Esses resultados demonstram que a produção de
gado de corte é tão rentável quanto outras cadeias produtivas. Por meio da
ATeG, os produtores rurais têm alcançado cada vez mais eficiência tornando-se
competitivos também no mercado de carne bovina”.

O programa está presente nas regiões do planalto serrano, oeste, norte,
meio oeste, extremo oeste e sul. A iniciativa é totalmente gratuita aos
produtores rurais, os quais são beneficiados com visitas técnicas e gerenciais
mensais pelo período de dois anos. As visitas têm foco na transmissão de
conhecimentos relacionados à gestão das empresas rurais e técnicas de manejo
voltadas às atividades pecuárias.

PRODUÇÃO CATARINENSE

Santa Catarina registra acentuada deficiência na produção de carne
bovina e importa de outras regiões 50% da carne que os catarinenses consomem. A
atividade está presente em 295 municípios. O rebanho bovino catarinense é
formado por 5 milhões de cabeças, sendo 72% de fêmeas e 28% de machos. No
território catarinense são abatidos, todos os anos, 610 mil animais. Como a
produção é menor que a demanda, é necessário importar cerca de 130 mil
toneladas/ano.

Os objetivos de elevar a produtividade e atingir alta qualidade estão
sendo alcançados. O boi produzido aqui obtém o melhor preço do Brasil: mais
de 150 reais a arroba. Santa Catarina está se especializando em novilho precoce
(bovino abatido com até 30 meses de idade). É um dos dois únicos Estado que
tem um programa de incentivo nessa linha – o outro é MS. O programa do
novilho precoce foi instituído pela Lei 9.193, de 28/07/93. Essa lei estimula a
comercialização de novilho super precoce (idade até 20 meses) e novilho
precoce (de 20 a 30 meses). Para inscrever-se, o criador deve procurar a Cidasc
e fazer – sem custos – seu cadastramento. As informações partem das
assessorias de imprensa da Faesc/Senar e Sebrae/SC.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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