Porto Alegre, 16 de março de 2023 – A Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Seapa) participou, na tarde desta quarta-feira (15/03), de audiência pública na
Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), solicitada pela Comissão de Agropecuária e
Agroindústria da Casa, para discutir a situação da influenza aviária A (H5N1) no Brasil e no
mundo. O momento é de alerta, emitido pela Organização Pan-Americana de Saúde, devido à
detecção de surtos em países das Américas, como Colômbia, Venezuela, Equador, Peru e Chile, e a
recentes casos de infecção humana no Comboja, nação do Sudeste Asiático.
Durante a reunião, o superintendente de Inovação e Economia Agropecuária da Seapa, Feliciano
Nogueira de Oliveira, apresentou as ações de defesa sanitária executadas pelo Sistema Agricultura
para prevenção à doença nas granjas de Minas Gerais. O representante da pasta ressaltou a
importância da atividade econômica no estado, que tem o 5º maior plantel de galináceos do país,
com 119,4 milhões de aves, conforme dados da Pesquisa Pecuária Municipal, do IBGE, de 2021.
As medidas vêm sendo tomadas desde novembro de 2022, após o comunicado do Ministério da
Agricultura sobre o risco de introdução do vírus no país, com a definição de estratégias
conjuntas com a iniciativa privada, por meio da Associação dos Avicultores de Minas Gerais
(Avimig) e, mais tarde, com o Ibama e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento
(Semad), para controle e monitoramento das rotas migratórias de aves selvagens.
Também desde o fim de 2022, extensionistas da Empresa de Assistência Técnica e Extensão
Rural de Minas Gerais (Emater-MG), com reconhecida capilaridade no estado, têm sido capacitados no
assunto e oferecido assistência técnica aos pequenos produtores rurais com relação à
prevenção do contágio. E no início de março, durante o Encontro do Consórcio de Integração
Sul e Sudeste (Cosud), no Rio de Janeiro, a Seapa participou da proposição de ações integradas
entre os estados.
“Estamos dando continuidade a toda essa mobilização necessária, por parte de nós, como
órgãos de Estado, ao lado da iniciativa privada, voltada para o setor da agropecuária, no sentido
de somar forças. A determinação, portanto, do Governo Estadual é esta: agregar esforços e
competências para a prevenção de influenza aviária, de alta patogenicidade, em Minas Gerais”,
afirmou Feliciano.
Vigilância
O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), vinculado à Secretaria de Agricultura, elaborou um
plano de contingência para a gripe se exames realizados com aves no estado resultarem positivos,
bem como de ações de prevenção. A presença desse tipo de vírus nunca foi registrada em
território brasileiro, por isso é considerada exótica. Nesta semana, uma portaria do IMA
suspendeu por 90 dias a participação de aves e suínos em eventos agropecuários, como feiras e
exposições.
O diretor técnico do IMA, Guilherme Costa Negro Dias, destaca que a notificação de casos
suspeitos da doença é obrigatória a todo cidadão. “O mais importante, hoje, é a
sensibilização do produtor e da sociedade para, ao perceberem a ocorrência de uma suspeita ou
alta mortalidade em seu plantel, comunicarem o serviço veterinário oficial de forma imediata, para
que sejam tomadas medidas como visita à propriedade, coleta de material e envio a laboratório”,
explicou.
É responsabilidade do IMA a execução da vigilância ativa – ou seja, de rotina – e passiva,
em decorrência a notificações. Em 2022, o instituto realizou mais de 1,5 mil ações de
vigilância ativa em Minas. Já o atendimento a notificações, com diversas motivações, chegou a
447, com dois casos considerados de possíveis doenças.
São ainda competência da instituição: fiscalizações de trânsito de animais, vigilância
nos estabelecimentos de abate, estudos soroepidemiológicos para comprovação aos mercados
importadores de que não há circulação viral em Minas e no Brasil (atuação que, recentemente,
passou a ser acessível também a produtores de subsistência), capacitação do corpo técnico e
atividades de educação sanitária.
Sinais de alerta
A influenza aviária é uma síndrome respiratória nervosa, classificada como zoonose. Possui
alta patogenicidade e o produtor rural deve estar atento aos sinais da doença em suas granjas.
Morte súbita dos animais ou aumento da mortalidade em um período de 72 horas, depressão severa,
apatia, diminuição ou ausência de consumo de ração e falta de coordenação motora são alguns
dos indícios de infecção pelo vírus.
Outro sintoma comum é a queda drástica na produção de ovos, que podem apresentar
desuniformidades, como casca deformada e fina, além de hemorragias nas pernas, inchaço na região
dos olhos, da cabeça e pescoço, coloração roxo-azulada ou vermelho-escura na crista e na
barbela.
O H5N1 pode dizimar plantéis em pouco tempo. Em caso de suspeita, o agropecuarista deve isolar
a área, evitar o contato com as aves e notificar imediatamente o escritório local do IMA. Os
telefones e endereços das unidades estão disponíveis neste link. O instituto também recebe
notificações via WhatsApp, pelo número (31) 9 8598-9611.
É papel do serviço oficial estabelecer normas para a prevenção à gripe, fiscalizar o
cumprimento das ações pelas granjas avícolas comerciais e atuar no combate ao vírus. As
informações partem da assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e
Abastecimento de Minas Gerais.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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