Porto Alegre, 10 de novembro de 2017 – Os resultados dos custos de
produção da pecuária brasileira, levantados pelo Projeto Campo Futuro ao
longo deste ano, foram apresentados nesta quinta (9), na sede da Confederação
da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília.
O Seminário reuniu especialistas do setor e técnicos das instituições
de pesquisa parceiras da CNA para debater os dados coletados durante os painéis
realizados nas principais regiões produtoras e municípios de cada atividade
produtiva.
O pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea),
Rildo Esperancini, mostrou o panorama geral da pecuária de corte no período
de 2007 a 2017. “Das propriedades analisadas nos últimos dez anos, a maioria
(83%) apresenta especialização em cria ou recria e/ou engorda de bovinos. Esse
resultado reforça a diminuição do sistema de ciclo completo, principalmente
nos últimos cinco anos”.
De acordo com Rildo, o Estado de Goiás obteve o melhor desempenho técnico
no ultimo período. Goiânia e Rio Verde, por exemplo, atingiram ganhos de peso
médio dos machos maiores que 1 quilo por dia, enquanto que a média das demais
regiões estudadas é de 407 gramas.
Com relação à cadeia de leite, o também pesquisador do Cepea, Wagner
Hiroshi, afirmou que de acordo com os dados de custos de produção analisados
na safra 2016/2017, o principal desafio dos produtores é com relação ao uso
de mão de obra, que foi o grupo com maior participação na média do Custo
Operacional Efetivo (COE).
“Em média, os gastos com mão de obra representam 16% do COE. As
regiões das propriedades típicas com maior ponderação deste insumo foram
Itapetinga, Miguel Calmon e Itamaraju na Bahia, Fernandópolis em São Paulo e
Piranhas em Goiás”.
O pesquisador do Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de
Empresas (Pecege), Rafael Barone, apresentou os resultados da aquicultura.
“Entre as espécies produzidas no país, a tilápia é a que possui o pacote
tecnológico mais consolidado, que envolve estratégias de produção, sistemas
e genética”.
Ainda segundo ele, existe uma tendência de aumento da oferta dessa
espécie no mercado interno, o que deve estimular os produtores a serem cada vez
mais eficientes, buscando estratégias de gestão e redução dos custos de
produção.
Sobre a cadeia produtiva de aves e suínos, o pesquisador do Cepea, Marcos
Debatin, revelou que em 2017 os custos da avicultura integrada continuaram
elevados, sendo estimulados pelos altos preços dos combustíveis e de energia
elétrica.
Já na suinocultura, a ração é o item que mais impacta os custos. “As
safras recordes de grãos foram decisivas para a queda dos preços dos insumos e
consequentemente do custo de produção”, disse Marcos. Com informações da
assessoria de imprensa da CNA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 28/11/2024 10:30