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CARNES: Setor avícola da América do Sul debate modernização da ALA

4 de agosto de 2017
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Porto Alegre, 4 de agosto de 2017 – Uma nova proposta de atuação
institucional para a Associação Latinoamericana de Avicultura (ALA) esteve na
pauta dos encontros realizados nesta semana, na sede da Associação Brasileira
de Proteína Animal (ABPA), em São Paulo, com representantes dos
países-membros da regional Sul da Associação Latinoamericana de Avicultura
(ALA). Representantes do Brasil, Bolívia, Chile, Paraguai, Argentina, Equador,
Peru e Uruguai participaram do encontro.

Na ocasião, o presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra, detalhou o
modelo de trabalho da entidade brasileira, tida como referência internacional
de gestão para o setor produtivo. Além da atuação representativa, foram
detalhadas informações sobre processos internos, produtos gerados pelos
setores da organização, estratégias de atuação entre os stakeholders e os
órgãos de imprensa, promoção e marketing internacional, entre outros.

Na mesma linha, o vice-presidente de mercados da ABPA, Ricardo Santin,
apresentou uma análise da atuação do International Poultry Council (IPC).
Santin, que também é vice-presidente do IPC, apontou a visão associativa da
organização, que é a representação mundial do setor, reunindo todos os
grandes produtores globais.

“Avançamos na consolidação de uma proposta para ser analisada por todo
o corpo associativo da ALA. Queremos avançar com uma entidade continental
moderna, forte, sólida em seu relacionamento com as organizações
internacionais, aprimorando a atuação institucional em prol de temas de
interesse de todos, como é o caso da prevenção e controle de Influenza
Aviária’, ressalta Turra.

Transparência

A programação do encontro contou, ainda, com diversas apresentações de
autoridades do Governo Brasileiro.

Um dos destaques foi o Secretário Executivo do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (MAPA), Eumar Novacki, que tratou da importância da
transparência e da desburocratização do trabalho ministerial, por meio de
programas como o Agromais – cujo objetivo é facilitar as relações entre os
setores público e privado.

Novacki tratou ainda da importância do regime de compliance em pauta no
MAPA após os problemas enfrentados na Operação Carne Fraca. Segundo ele, o
ministério precisou olhar para dentro de suas próprias estruturas, buscando
cada vez mais transparência. Ressaltou que este é um compromisso que deve
ser assumido por todos os órgãos e empresas dos países latinoamericanos.

“É importante que, como o Brasil, toda a América Latina olhe para suas
estruturas e garantam a preservação da responsabilidade em todas as suas
frentes. Aqueles que não seguirem este caminho estão fadados a
desaparecer”, analisou.

O encontro contou, ainda, com uma apresentação do presidente da Comissão
Regional da OIE para as Américas, Guilherme Marques – que também é Diretor
de Saúde Animal do MAPA. Marques detalhou o funcionamento da comissão da
organização internacional, enfatizando o papel do Comitê Veterinário
Permanente (CVP), com a participação de delegados dos ministérios da
agricultura de países do Mercosul. Criado no início dos anos 2000, o CVP é
parte do Conselho Agropecuário do Sul (CAS), composto pelos ministros da
agricultura do Cone Sul.

Comércio Internacional

Também representando o MAPA no evento, o auditor fiscal federal
agropecuário, Leandro Feijó, tratou das barreiras não-tarifárias que
impactam o comércio internacional e como o Brasil está enfrentando esta
problemática. Conforme Feijó, o Brasil tem atuado de forma proativa sobre
este tema, utilizando todos os canais de discussão possíveis, não mais
aceitando passivamente imposições impostas nos negócios internacionais.
Atualmente, o Brasil conta com mais de 800 produtos em negociações de âmbito
governamental com 120 países, seja para importação ou exportação.

Ressaltando que esta é uma questão de impacto regional, Feijó tratou da
importância da atuação conjunta dos países vizinhos em questões de
comércio internacional.

Feijó informou, ainda, que deverá ser publicado, em breve, a criação de
um grupo de trabalho sob coordenação do Instituto Interamericano de
Cooperação para a Agricultura (IICA), que instalará um fórum de discussão
entre os países sul-americanos para definição de pautas e formas de atuação
proativa
Lei de integração

Tratando do regime produtivo de integração, o diretor de relações
institucionais da ALA, Ariel Antônio Mendes apresentou os avanços e conquistas
da avicultura brasileira, com a instituição da Lei de Integração, um marco
regulatório que deu maior segurança jurídica às relações entre produtores
avícolas e agroindústrias integradoras.

Mendes ressaltou os passos até a constituição da legislação, o
funcionamento dos organismos contemplados pelo sistema e as vantagens da
instituição por lei de regras claras para a integração, que é um dos
alicerces do sistema produtivo brasileiro.

Resistência Antimicrobiana

Na última apresentação da programação, coordenador de Assuntos
Regulatórios e de Qualidade do Sindirações, Bruno Caputi tratou dos desafios
enfrentados pelo Brasil sobre a resistência antimicrobiana no setor animal.

Focando em questões regulatórias, Caputi enfatizou que este é um tema
sob acompanhamento da Organização Mundial de Saúde Animal. No Brasil, o tema
tem sido tratado sob a perspectiva da prevenção, com treinamentos e cursos de
orientação de técnicos, legislações e outros mecanismo para a prevenção.
No Brasil, o MAPA, juntamente com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA) está formatando um programa sobre esta questão. Caputi alertou que
este tema, que já há vários anos tem sido tratado no Brasil, é uma realidade
global que deverá impactar todos os países produtores. As informações
partem da assessoria de imprensa da ABPA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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