Porto Alegre, 7 de março de 2022 – A saúde animal tem sido um pilar
importante para a sustentabilidade de diversos setores, desde agropecuária até
o mercado pet. Não à toa, o segmento de saúde animal registrou um
crescimento de cerca de 18% em 2021, em comparação ao ano anterior, de acordo
com dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal
(Sindan). A pandemia do coronavírus aumentou a demanda externa por proteína,
que aqueceu o setor enquanto a crise econômica e a alta nos preços afetavam o
Brasil e direcionavam o consumo interno para tipos mais variados de carnes.
Estimativas anteriores previam uma média de alta de apenas 8,4%. O Sindan
aponta alguns aspectos que contribuíram para esse aumento expressivo. Entre os
principais estão a alta das exportações, principalmente em carne bovina e
suínos, crescimento na demanda por proteína, melhora na produtividade do setor
agropecuário, aumento no número de adoção de pets e relações mais
próximas entre os animais de companhia e os tutores, o que intensificou o
cuidado.
“Quase todos os importadores da carne do Brasil aumentaram suas demandas.
Somando isso a uma busca maior por eficiência na produção agropecuária e um
movimento do mercado de valorização do bem-estar dos animais, isso rendeu um
crescimento expressivo no setor de saúde animal. Além disso, temos visto uma
grande movimentação no setor pet. Com o aumento no número de animais de
companhia nos lares brasileiros, os tutores começaram a investir mais na saúde
e bem-estar dos animais, movimentando o mercado”, afirma Emilio Salani,
vice-presidente executivo do Sindan.
Para este ano, a expectativa do setor é de um crescimento um pouco menor,
embora acima da média histórica do segmento de saúde animal.
Entre os motivos apontados pelo Sindan estão crescimento mais moderado das
exportações, a alta nos custos com insumos, que podem impactar os preços dos
produtos e o arrefecimento do mercado pet. As projeções para 2022 são de
crescimento em torno de 12%.
Projeção da Indústria Veterinária para 2022
* Bovinos: crescimento de 10,5% para animais sem aftosa – Virada do ciclo da
pecuária com pressão no preço da arroba; repasse dos preços dos
laboratórios por conta dos insumos; aumento de pressões ambientais; possíveis
embargos por motivações políticas; baixo crescimento em exportação e
diminuição do mercado de aftosa.
* Aves: crescimento de 9,9% – Aumento nos custos de produção; mercado interno
aquecido para ovos e carne de frango; manutenção de preços elevados.
* Suínos: crescimento de 13,3% – Retomada do plantel de suínos da China;
diminuição de exportações; alta demanda por vacina e mais medicamentos;
queda no uso de antimicrobianos e uso maior de aditivos de performance.
* Equinos: crescimento de 9% – Necessidade de importar outras fontes de
proteína e crescimento linear sem eventos particulares.
* Pets: crescimento de 16,5% – Estabilização da curva de crescimento; mercado
continua aquecido estimulado pelo isolamento social; aumento de preços e
chegada de novos produtos; cuidados mais especializados e aumento de
medicalização. As informações partem da assessoria de imprensa do
Sindan.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 30/04/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,42Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.836,67Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 72,23Preço base - Integração
Atualizado em: 29/04/2025 09:50