Porto Alegre, 03 de março de 2015 – Os quatro principais setores de
produção animal do Rio Grande do Sul levaram hoje aos secretários da
Agricultura, Ernani Polo, do Desenvolvimento, Fábio Branco e
secretário-adjunto da Secretaria da Fazenda, Luiz Antônio Bins uma
atualização dos problemas do segmento industrial de aves, suínos e pecuária
de corte e leite causados pelos bloqueios nas rodovias.
“Com a paralisação nas estradas, o fluxo comercial foi interrompido e
os abates, paralisados”, afirma o presidente da Asgav, Nestor Freiberger. O
presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, disse que pior do que perder recursos
é perder credibilidade, referindo-se ao descumprimento de contratos com
compradores. O presidente do Sicadergs, Ronei Lauxen, disse que o setor já
vinha enfrentando dificuldades com falta de produto e “este novo golpe
prejudica ainda mais o segmento.”
Para o presidente do Sips, José Roberto Goulart, “a proximidade da
data do pagamento dos funcionários e dos produtores é ainda mais alarmante.”
O coordenador do Conagro da Fiergs, Marcos Oderich também participou do
encontro e manifestou preocupação com a grave situação enfrentada,
especialmente nos estados do Sul.
Um documento com a situação dos quatro setores foi entregue aos
secretários. Ernani Polo manifestou preocupação com a garantia de apoio aos
produtores, que também estão sofrendo sérios prejuízos. Os dirigentes
garantiram que isso já está implícito na relação existente entre
indústrias e produtores integrados.
Os bloqueios nas rodovias representam diversos problemas aos quatro
setores, que vão desde a falta de embalagens e condimentos para o processamento
dos alimentos, a mortalidade de animais por falta de ração nas granjas até a
falta de cumprimento de contratos com compradores internacionais. A
impossibilidade de saída dos cortes e produtos já processados das indústrias
também é um problema já que, com os estoques abarrotados, não há a
possibilidade de novos animais entrarem para o abate.
Alguns números sobre as dificuldades do setor de produção animal:
– Setor de aves abate diariamente 3 milhões de unidades por dia;
– Setor de suínos abate diariamente 29 mil cabeças;
– Setor leiteiro já represou mais de cinco milhões de litros de leite no
estado;
– Descumprimento de contratos com compradores internacionais interfere nas
garantias e credibilidade das empresas gaúchas;
– Energia elétrica, reajustada em quase 40% na região Sul, representa 20% dos
custos das indústrias do setor de produção animal.
As informações partem da Assessoria de Imprensa da Secretaria de
Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Rio Grande do Sul.
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras
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