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CARNES: Suinocultura brasileira tem boas perspectivas para 2017 – ABCS

19 de janeiro de 2017
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Porto Alegre, 19 de janeiro de 2017 – O ano de 2017 inicia-se com
perspectivas animadoras para a suinocultura brasileira. Se o ano anterior foi
marcado por instabilidades política e econômica e pela quebra na produção de
milho, inserindo o setor em um cenário de alta nos custos de produção e de
prejuízos na atividade, o novo ano traz a redução das cotações de grãos e
a recuperação do consumo de carnes no Brasil, mas apresenta novos desafios,
como o aumento da competitividade da carne bovina e mudanças no cenário de
exportação.

De acordo com a análise do diretor executivo da Associação Brasileira de
Criadores de Suínos (ABCS), Nilo de Sá, o mercado de suínos de 2017 será
definido a partir dos custos de produção e do preço do suíno vivo. O preço
do milho, grande vilão no ano anterior, sofrerá pressão por uma safra
estimada em aproximadamente 84 milhões de toneladas.

Além disso, outros fatores contribuem para a redução no preço do milho,
como os elevados estoques mundiais, que será superior a 210 milhões de
toneladas, a perspectiva de uma boa safra na Argentina e a liberação de
importação de milho dos EUA, ocorrida em outubro de 2016. O executivo explica
que, mesmo que não tenha havido a importação efetiva, a medida é positiva.
“Este fator auxilia a reduzir a especulação do mercado, lembrando que a safra
americana historicamente é mais de quatro vezes superior à brasileira”,
afirma De Sá.

Mercado Externo

Sob a ótica do preço, o país precisa manter ou ampliar o volume de carne
suína exportado em 2016, o que contribuirá para reduzir a disponibilidade
interna e aumentar o preço pago ao produtor. Um dos grandes importadores da
carne suína brasileira, a China registrou aumento superior a 1500% nas
importações do produto no ano passado e deve estabilizar suas comprar este ano
em patamares considerados altos.

Por outro lado, o mercado externo está abrindo novos caminhos. Em janeiro
deste ano, o governo brasileiro recebeu o anúncio de que a África do Sul
reabrirá as portas para a exportação brasileira de carne suína. O mercado
foi fechado ao produto em 2005 devido ao foco de febre aftosa detectado no
Brasil. A reabertura do mercado deste país oferecerá novas oportunidades aos
exportadores e aumentará o leque de destinos da carne suína brasileira.

Além dos mercados já conquistados, Nilo pontua a importância de abrir um
maior espaço no continente asiático para a carne suína. “Os esforços para
acessar efetivamente novos mercados, com destaque ao japonês e sul-coreano,
precisam ser redobrados. Isso inclui não somente atender as exigências
sanitárias, como ser livre de febre aftosa sem vacinação, mas também os
padrões de qualidade de carne exigidos nesta região”, disse o diretor
executivo da ABCS.

Mercado Interno

O mercado doméstico, responsável historicamente por consumir entre 80 a
85% da produção nacional, tem grande potencial para aumento da demanda e
consequente aquecimento da comercialização de suínos. De acordo com o
analista do Departamento de Pesquisa de Mercado e Análise setorial do Rabobank,
Adolfo Fontes, as indústrias de aves e suínos provavelmente enfrentarão uma
maior concorrência no mercado doméstico, após dois anos sendo beneficiadas
pelos altos preços da carne bovina. Em contrapartida, o aumento do consumo de
carne entre os brasileiros é previsto em 2017, representando uma recuperação
significativa para a cadeia de carnes no Brasil.

Segundo Nilo de Sá, “é preciso explorar a melhora do cenário e o
aumento da disponibilidade interna de carne suína para aumentar as ações de
conscientização e estímulo ao consumo, pois almejamos conquistar resultados
ainda melhores para o setor este ano”. De acordo com executivo as previsões
indicam um contínuo crescimento da produção brasileira de carne suína e de
sua disponibilidade interna, situação que tende a ganhar ainda mais
relevância nos próximos anos. As informações partem da assessoria de
imprensa da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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