Porto Alegre, 30 de março de 2021 – A alta sem precedente no preço dos
grãos cria uma séria ameaça à expansão e mesmo manutenção da avicultura
industrial no Sul do Brasil. Para discutir esse assunto estiveram reunidos, na
última semana, os dirigentes da ASGAV (Associação Gaúcha de Avicultura),
SINDIAVIPAR (Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do
Paraná), ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), SINDICARNE
(Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados no Estado de Santa Catarina),
AINCADESC (Associação das Indústrias de Carnes e Derivados do Estado de Santa
Catarina) e ACAV (Associação Catarinense de Avicultura).
Participaram das discussões on-line José Antônio Ribas Júnior
(SINDICARNE), Arene Trevisan (ABPA), Jorge Luiz de Lima (AINCADESC), Vamiré
Sens Júnior (ACAV), Inácio Kroetz (SINDIAVIPAR) e José Eduardo dos Santos
(ASGAV).
Além da brutal elevação dos preços dos insumos (milho e farelo de
soja), também esteve na pauta o encarecimento dos materiais de construção
para expansão da atividade, ou seja, a construção de novos e modernos
criatórios de aves dentro das mais avançadas técnicas de criação, manejo e
sanidade, silos e armazéns. A obtenção de linhas de crédito para viabilizar
esses investimentos é outro problema que preocupa o setor.
Em face das condições do mercado global de grãos, os dirigentes não
acreditam que os preços possam recuar. Isso representará aumento dos custos de
produção na indústria avícola e, por consequência, elevação do preço
final das carnes de aves para o consumidor.
Nesse momento, a prioridade é desburocratizar e desonerar a importação
de milho para que o mercado interno não fique desabastecido desse insumo e
evite a redução da produção de aves e suínos. Isso significa, também,
retirar temporariamente os tributos incidentes sobre a importação (Pis e
Cofins). Simultaneamente, é necessário criar novos incentivos para o produtor
de milho, com linha de crédito atrativa ao pequeno produtor, redução dos
encargos do programa de crédito rural e outros benefícios.
Por outro lado, investimentos em novos armazéns e credenciamento de mais
armazéns junto à Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) são medidas que
permitirão, com mais facilidade, a disponibilização de grãos aos pequenos
produtores.
As entidades já levaram a preocupação ao Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa) e se reuniram com a ministra Tereza Cristina.
Governo e indústria avícola implementarão medidas para equacionar as
distorções que afetam, nesse estágio, o mercado do milho no Brasil.
Na área de financiamentos para investimentos, as entidades propõem que o
Ministério da Agricultura busque a gestão de novas linhas de crédito para
construção de aviários, silos, armazéns e outras estruturas de produção.
As informações partem da assessoria de imprensa da ACAV e do SINDICARNE.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 15/08/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,57Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.665,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.400,00Milho Saca
R$ 68,75Preço base - Integração
Atualizado em: 14/08/2025 10:30