‘-CARNES: UMIDADE FAVORECE FORRAGEIRAS DE INVERNO NO RS – EMATER

SAFRAS (12) – A semana que passou apresentou um quadro climático
característico de proximidade do inverno no Rio Grande do Sul, com a
predominância de temperaturas baixas e ocorrência de geadas em alguns
municípios do Estado.
No período da manhã houve a presença da neblina em vários municípios,
especialmente nas regiões dos vales. Houve também formação de geadas,
afetando as pastagens nativas que estão no final de ciclo,
estando mais fibrosas e perdendo sua qualidade, em função das condições
climáticas deste momento, porém a disponibilidade de água no
solo tem favorecido o desenvolvimento das espécies forrageiras de inverno de
maneira geral.
Os produtores estão manejando os campos nativos de maneira menos
intensiva, com menor lotação nos potreiros, pois a oferta e qualidade
destas forragens são reduzidas com chegada das primeiras geadas. De maneira
geral, os pecuaristas e agricultores já encerraram o plantio
das pastagens cultivadas de inverno, principalmente de aveia, azevém,
cornichão e trevos.
Em alguns municípios, as pastagens estão em fase de germinação e
desenvolvimento inicial, em algumas propriedades, as pastagens já
permitem o pastoreio intensivo dos rebanhos. Nos locais onde os produtores
realizam a integração lavoura-pecuária, com implantação das pastagens
cultivadas de inverno na resteva da lavoura de soja, estas pastagens cultivadas
nesse sistema estão apresentando bom desenvolvimento vegetativo e uniformidade.

As pastagens cultivadas perenes de inverno, como trevos e
cornichão, apresentam bom desenvolvimento, sendo que alguns produtores já
possuem pastagens em condições de utilização no sistema de pastoreio direto.

Na região do Vale do Taquari, o milheto, o sorgo forrageiro e o capim
Sudão, assim como as espécies perenes de verão – Tiftons (85 e 68), Jiggs,
capins Aruana, Áries e Brachiárias -, na sua grande maioria já chegaram ao
final do ciclo e apresentam uma baixa oferta e qualidade de forragem para
pastejo dos animais.
Porém há grande satisfação por parte dos produtores do Vale do Caí em
relação ao rendimento do capim híbrido Áries, pois esta forrageira
apresentou bom desenvolvimento e qualidade, superior às demais pastagens
perenes de verão, perdendo apenas para as pastagens de inverno.
Esta é uma alternativa muito interessante para driblar o vazio forrageiro
outonal, que é um dos principais problemas enfrentados por produtores de leite
do Estado. O desenvolvimento vegetativo das pastagens anuais de inverno, nesta
região, está bom, por haver umidade e temperatura propícia ao seu
crescimento.
No geral, a aveia e o azevém já estão sendo utilizados para o pastejo
na grande maioria das propriedades. Alguns produtores estão fazendo o segundo
pastejo em aveia, porém é a minoria dos agricultores (as), pois grande parte
das áreas de pastagens cultivadas de aveia e
azevém alcançarão o ponto ideal de pastejo somente a partir da primeira
quinzena deste mês de junho. Com informações do boletim semanal divulgado
pela Emater (RS).

(CBL)