Porto Alegre, 19 de janeiro de 2016 – A segunda etapa de vacinação do
rebanho mineiro contra a febre aftosa, realizada em novembro de 2015, registrou
um percentual de 97,42% de imunização de bovinos e bubalinos com idade de um
dia a 24 meses. Foram imunizados 9.167.626 animais de um total de 9.410.657.
A apuração dos resultados da vacinação foi finalizada na primeira
quinzena de janeiro deste ano, a partir das informações fornecidas pelos
produtores rurais ao Sistema de Defesa Agropecuária (Sidagro), software do
Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) que realiza o acompanhamento de dados
relacionados à defesa agropecuária em Minas.
O diretor-geral do IMA, Márcio Botelho, considerou importante o
resultado. “Esse desempenho demonstra que, mais que uma obrigação legal, os
criadores mineiros estão conscientes da importância de se vacinar os animais,
iniciativa que é a única forma de se proteger os rebanhos contra a doença”.
Ele completa que o resultado assume importância ainda maior, tendo em
vista que Minas se prepara para comemorar, neste ano, duas décadas sem
ocorrência de febre aftosa, o que garante ao estado o status de área livre com
vacinação concedido pela Organização Internacional de Saúde Animal (OIE).
“A manutenção desse status é fundamental para garantir os produtos carne,
leite e derivados para o consumidor mineiro e brasileiro e, também, para as
exportações dos produtos da bovinocultura para o mercado internacional”,
diz.
Minas Gerais possui um plantel de 23,9 milhões de cabeças de bovinos e
bubalinos. A vacinação desses animais contra a febre aftosa é obrigatória e
acontece duas vezes por ano. Em maio são vacinados todos os animais,
independente da idade e, em novembro, aqueles com idade de um dia a 24 meses.
Biosseguridade – Márcio Botelho lembra outros resultados importantes
em 2015 como o aumento de 12% na venda de doses de vacina antirrábica, que no
ano passado alcançou 14,4 milhões de doses, ante 12,7 milhões de doses
comercializadas em 2014. A vacina imuniza bovinos e equinos entre outros animais
que compõem o plantel pecuário do estado contra a raiva transmitida pelo
ataque do morcego hematófago Desmodus rotundus.
O diretor-geral do IMA lembra que outro passo importante no ano passado
foi a edição, pelo Instituto, da portaria 1555, concedendo prazo para que as
granjas ainda sem registro junto ao IMA o façam até o final de fevereiro deste
ano. O registro implica na adoção de medidas de biosseguridade preventivas à
influenza aviária. “O Brasil não tem registros da doença, mas os estados
estão buscando prevenir-se, uma vez que o vírus já foi registrado em granjas
norte-americanas e pode chegar ao país pelo processo de migração das aves”,
relata o dirigente.
O IMA deu continuidade em 2015 às ações para a manutenção do status
de risco insignificante para a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), ou
doença da vaca louca. Este status é atribuído ao país pela OIE, com base em
relatório periódico apresentado pelo Brasil com medidas preventivas realizadas
pelo serviço veterinário oficial. Entre elas, a sistemática coleta de parte
do sistema nervoso central de animais acometidos por síndrome nervosa, visando
seu processamento e diagnóstico da doença.
O Instituto também adotou, ao longo do ano, medidas para o
reconhecimento internacional de Minas como zona livre de peste suína clássica.
O IMA fiscalizou em 2015 uma área 7,1% maior do vazio sanitário nas
culturas da soja, algodão e feijão, contribuindo para a redução do uso de
agrotóxicos nessas lavouras. A área fiscalizada no ano passado somou cerca de
240 mil hectares. Durante o período do vazio, que vai de um a três meses, fica
proibido o cultivo dessas três culturas como forma de se prevenir pragas nas
plantações.
O Instituto também realizou no ano passado o monitoramento preventivo
e de controle de pragas por meio de levantamentos fitossanitários nas lavouras
de banana, citros, uva e pinus e em viveiros de mudas de café. Foram emitidos
120.197 documentos de permissão de trânsito vegetal, necessários para o
trânsito de produtos dentro do estado. E ainda, foram realizados cerca de 3800
fiscalizações de agrotóxicos, sementes e mudas.
O diretor-geral do Instituto ressalta que também teve continuidade a
execução de programas como o Sisbov, que propicia a exportação de carne
bovina e bubalina para a União Europeia e as certificações de olerícolas e
frutas orgânicas e SAT (Sem Agrotóxicos), de café e cachaça, além do
cadastramento de produtores de Queijo Minas Artesanal. “A certificação é
boa para consumidores, que têm a oportunidade de acesso a produtos de mais
qualidade, e para os produtores, que podem obter preços melhores para seus
produtos”, pondera Botelho.
Lembrou também das ações de apoio à agricultura familiar citando,
entre outros, a realização de cursos de boas práticas de fabricação para
produtores rurais. Em 2015 o IMA realizou em parceria com o Instituto Antônio
Ernesto de Salvo (Inaes) a capacitação de 351 novos agentes aptos para
vacinarem o gado, por meio do Programa de Apoio à Saúde Agropecuária (Pasa).
Esses agentes vão atuar em regiões onde há carência de médicos
veterinários. As informações partem da Assessoria de Comunicação do
Instituto Mineiro de Agropecuária – IMA.
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras
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