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CARNES: Vacinação contra febre aftosa na Bahia inicia dia 1/5

28 de abril de 2016
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Porto Alegre, 28 de abril de 2016 – Começa, no próximo domingo (1), a
Campanha de Vacinação contra a febre aftosa em território baiano. A
estimativa da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), vinculada à
Secretaria da Agricultura (Seagri), é vacinar 10.854.311 bovinos e bubalinos
dos 384.393 criadores, já que nesta etapa todos os animais precisam ser
vacinados, independente da faixa etária.

No ano passado, os produtores vacinaram 94.54% do rebanho bovídeo. A
campanha encerra no dia 31 de maio. Com o slogan “Gado Campeão é com
Vacinação”, o governo do Estado reforça a obrigatoriedade de vacinar e
está atento à sanidade animal para que nenhuma doença comprometa os rebanhos
baianos, principalmente a Febre Aftosa. A gravidade da proliferação da doença
não decorre apenas das mortes que ocasiona, mas principalmente dos prejuízos
econômicos causados pelas barreiras comerciais com outros países, atingindo
todos os pecuaristas, desde os pequenos até os grandes criadores.

O secretário da Agricultura, Vitor Bonfim, chama a atenção para
importância dos produtores vacinarem o rebanho, e ressalta os danos que podem
ser causados no caso de perda de status de Território Livre de Febre Aftosa com
Vacinação, conquistado pela Bahia há 15 anos. “A Seagri, através da Adab,
busca evitar reflexos negativos na renda do produtor e para o agronegócio,
visto que uma vez identificado o vírus no Estado, as fronteiras brasileiras
são fechadas e os prejuízos são calculados em bilhões de dólares/ano”,
destacou Bonfim, lembrando que “a enfermidade também provoca restrições
sanitárias e comerciais ao estado e ao país, desvalorização no preço da
arroba, desemprego no setor frigorífico e pode causar embargos comerciais a
outros produtos, como o farelo de soja, frutas e exportação de carne de frango
e suína, além de grande impacto social e econômico”.

O último foco em território baiano foi identificado em 1997 e no Brasil,
em 2005 e 2006, no Mato Grosso do Sul e Paraná, respectivamente, ocasionando a
perda de 78 mil cabeças e custo financeiro direto superior a R$ 47 milhões nas
ações apenas de saneamento. Causou também a supressão do status sanitário
de mais de 10 estados no Brasil, inclusive a Bahia, só sendo restabelecido em
2008. Diante disso, o diretor-geral da Adab, Oziel Oliveira, reforça que a
vacinação é uma precaução necessária, mesmo que estejamos há muito tempo
sem registros de caso da doença, sendo fundamental que o produtor cumpra seu
dever de vacinar todo o rebanho. “No entanto, também acho interessante que o
produtor fique atento a outras doenças, que podem afetar o rebanho, como a
Raiva, Vaca Louca e Brucelose”, afirmou Oliveira.

Sob a coordenação do Ministério, o Programa Nacional de Erradicação e
Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) tem como estratégia principal a
implantação progressiva e manutenção de zonas livres da doença, de acordo
com as diretrizes estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal
(OIE). “A Adab é uma grande executora das obrigações no combate à Aftosa e
outras enfermidades. A Bahia e o Brasil seguem na luta contra a febre aftosa em
busca de um país livre da doença, sempre com a participação dos serviços
veterinários estaduais e do setor agroprodutivo”, relatou o superintendente
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento na Bahia (SFA-BA/MAPA), João Cláudio
Bacelar.

A Aftosa

A febre aftosa é uma doença viral, altamente contagiosa, que afeta
animais de casco fendido, como os bois, búfalos, cabras, ovelhas e porcos. Pode
ser transmitida principalmente pelo contato entre os animais doentes e sadios.
O vírus pode ser transportado pela água, ar, alimentos, pássaros e pessoas
que entram em contato com os animais doentes. Com informações da assessoria de
comunicação social da Adab.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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