Porto Alegre, 25 de abril de 2018 – Começa na próxima terça, 1o de maio,
a primeira etapa anual de vacinação contra a febre aftosa em Minas Gerais.
Produtores rurais terão até 31 de maio para vacinar bovinos e bubalinos,
independentemente da idade. O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA),
vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Seapa) é o órgão responsável pela gestão da campanha de vacinação em
Minas Gerais e estima que deverão ser vacinados cerca de 23,6 milhões de
animais.
A vacinação do rebanho permanece obrigatória e é a principal forma de
se prevenir contra a doença. O produtor que não vacinar os animais estará
sujeito a multa de 25 Unidades Fiscais do Estado de Minas Gerais (Ufemgs) por
animal, o equivalente a R$ 81,25 por cabeça.
O mês de maio traz uma boa notícia para os pecuaristas de todo o país.
Naquele mês, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) irá certificar
como área livre de aftosa com vacinação os estados do Amapá, Amazonas,
Roraima e a parte restante do Pará, últimas regiões que ainda não eram
certificadas no país. Com isso, todo o território brasileiro terá o status de
área livre de aftosa com vacinação, o que impulsionará as exportações
brasileiras de carne bovina, animais vivos e produtos da bovinocultura em geral.
Minas Gerais possui o segundo maior rebanho nacional de bovinos, com cerca
de 23,6 milhões de animais e detém o status de área livre de aftosa com
vacinação desde 2008, concedido pela OIE. Em 2017, o estado ocupou o quarto
lugar no ranking nacional das exportações de carne bovina com US$ 598
milhões, ou 10% do total nacional. A China é o principal comprador do produto
mineiro, com 41,4% do total das vendas externas. Atualmente, o Brasil é o
terceiro maior exportador mundial de carne bovina, com receita de US$ 1,6
bilhão no primeiro trimestre deste ano, aumento de 22,9% em relação ao mesmo
período de 2017, quando o país alcançou faturamento de US$ 1,3 bilhão, de
acordo com dados da Seapa.
O diretor-geral do IMA Marcílio de Sousa Magalhães lembra que a
vacinação é fundamental para manter o rebanho sadio e livre de focos da
doença. “É fundamental continuar imunizando os rebanhos, principalmente
tendo em vista que o Ministério da Agricultura planeja retirar a vacinação
até 2021. Para isso, continuamos contando com a parceria dos produtores e das
entidades representativas do setor para que todo o rebanho seja vacinado e, com
isso, o estado continue livre da doença”.
Cuidados com a vacinação
Para garantir a eficácia da imunização dos animais, o gerente de Defesa
Sanitária Animal do IMA, Guilherme Costa Negro Dias, explica que são
importantes alguns cuidados em todo o processo. “A vacina deve ser adquirida
em estabelecimento credenciado para a revenda e conservada em temperatura entre
dois e oito graus centígrados do momento da compra até a vacinação dos
animais. Para conservar as vacinas os produtores deverão manter a seringa já
com as doses para aplicação em caixa de isopor com gelo. Recomenda-se também
programar a aplicação para os horários mais frescos do dia”, diz.
Declaração
A declaração de vacinação também é obrigatória e o produtor que não
o fizer até o dia 10 de junho poderá receber multa de cinco Ufemgs, o
equivalente a R$ 16,25 por cabeça. O IMA estabelece que os produtores rurais
proprietários de 150 ou mais bovinos ou bubalinos deverão declarar a
vacinação do seu rebanho contra a febre aftosa exclusivamente por meio do site
www.ima.mg.gov.br.
A declaração de vacinação do gado para produtores com plantel de até
150 animais ainda poderá ser feita presencialmente no IMA, ou também via
internet. Minas Gerais possui 389 mil produtores rurais, sendo que 206 mil
destes são pequenos produtores com rebanhos de até 25 animais.
A doença
A febre aftosa é uma doença causada por um vírus, altamente contagiosa e
que pode trazer grandes prejuízos econômicos para os produtores, pois afeta o
comércio internacional e os impedimentos podem causar grandes prejuízos
econômicos, principalmente em países como o Brasil que possuem uma
exportação bastante expressiva de produtos pecuários. A doença é
transmitida pela saliva, nas aftas, no leite, no sêmen, na urina e nas fezes
dos animais doentes, e também pela água, ar, objetos e ambientes contaminados.
O vírus ainda pode permanecer nas roupas e sapatos das pessoas que tiveram
qualquer contato com os animais doentes. O animal doente pode apresentar febre,
aftas na boca, lesões nas tetas e entre as unhas. Outros sinais são
inquietação, salivação, babeira, dificuldade de mastigar e engolir alimentos
e tremores, com queda na produção de carne e leite. A febre aftosa não é
considerada uma zoonose, ou seja, não oferece risco de contaminar o homem nem
pelo alimento e nem pelo contato com o animal. Com informações da assessoria
de imprensa do IMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 13/05/2025 09:50