Porto Alegre, 5 de julho de 2018 – Mais de 100 suinocultores independentes
de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e de São Paulo participaram de
uma importante reunião no auditório da Associação Catarinense de Criadores
de Suínos (ACCS) nesta quarta-feira, dia 4. Um dos principais objetivos do
encontro foi firmar a troca efetiva de informações, para que os principais
mercados produtores e consumidores tenham mais solidez no preço do suíno.
Outro objetivo é criar um departamento de levantamento de preços do
suíno dentro das quatro associações, uniformizando as informações de
mercado entre os estados. “Essa união dos estados é uma das principais
demandas para a suinocultura independente. Precisamos juntar forças para que os
suinocultores possam se manter vivos na atividade”, relata o suinocultor
Odanir Farinella.
A articulação entre as entidades e os produtores visa equilibrar o
mercado independente. “Precisamos para de entregar suínos sem preço justo e
muitas vezes abaixo do custo de produção. Precisamos mudar essa realidade para
que a suinocultura independente possa sobreviver com renda e qualidade de vida
no campo. A partir de hoje a suinocultura independente terá uma nova realidade
porque todos terão um compromisso maior na formação de preço”, afirma o
presidente da ACCS, Losivanio Luiz de Lorenzi.
Conforme Jacir Dariva, presidente da Associação Paranaense de
Suinocultores (APS), a unificação das informações de mercado entre as
associações e que vão balizar o preço do suíno, só será real com a
participação efetiva dos suinocultores. “Nessa reunião as associações
tiveram o poder de trazer o produtor para debater esse problema. Essa é uma
iniciativa que vai surtir efeitos porque os suinocultores assumiram o
compromisso junto às entidades. A partir de hoje vamos ter mudanças na fora de
comercializar suínos dentro do Brasil”.
O presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS),
Valdomiro Ferreira Júnior, apresentou a metodologia utilizada na formulação
da bolsa de suínos em São Paulo, que é referência no mercado nacional.
Ferreira analisa que os mercados produtores e consumidores não se
comunicam, fator que gera fragilidade para o produtor. “Precisamos trocar
informações que tenham sustentação para que todos os suinocultores possam
entender a evolução de preços. Outro ponto importante é a criação de um
departamento identificador de preços nas associações estaduais, consolidando
uma metodologia que vai uniformizar as informações, com o intuito de tirar a
fragilidade do produtor. Quanto mais informação, menor a especulação”.
Em 90 dias a APCS vai apresentar às demais associações e aos produtores
de que forma o departamento identificador de preços seria constituído dentro
das entidades. “Vamos comprovar sua legalidade jurídica e econômica.
Precisamos desenvolver uma ferramenta que tenha amparo jurídico e que possa
interferir em algum momento no mercado mostrando que as fontes dadas para o
indicador têm informação correta”. As informações partem da assessoria de
imprensa da ACCS.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 30/04/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,42Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.836,67Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 72,23Preço base - Integração
Atualizado em: 29/04/2025 09:50