safras

CARNES:BB vai liberar R$ 1 bi em crédito para projetos de agroenergia no PR

19 de maio de 2017
Compartilhe

Porto Alegre, 19 de maio de 2017 – O Banco do Brasil deve investir nos
próximos anos até R$ 1 bilhão na região do Oeste Paranaense, em linhas de
financiamento voltadas à produção de energia a partir da biomassa. O Programa
Agro Energia foi lançado nesta quinta-feira (18), em uma solenidade no Espaço
Milton Santos, no Parque Tecnológico Itaipu, em Foz do Iguaçu. Voltado, na
região, ao biogás, o programa conta com a parceria da Itaipu Binacional e do
Centro Internacional de Energias Renováveis – Biogás (CIBiogás), entre
outros.

“Já existe, aqui na região, um elo produtivo identificado e mapeado. O
trabalho que a Itaipu e o CBIogás vêm fazendo facilita nosso acesso aos
produtores de forma mais organizada”, resume o diretor de Agronegócios do
Banco do Brasil, Marco Túlio Moraes da Costa. Em abril, o mesmo programa, mas
voltado especificamente aos projetos fotovoltaicos, já havia sido lançado em
Rio Verde (GO). “A Itaipu faz um trabalho de sustentabilidade na região e o
Banco do Brasil só vem para apoiar esta iniciativa”, reforça.

Para o superintendente de Energias Renováveis da Itaipu, Paulo Schmidt, a
empresa já tem atuado na preservação dos recursos hídricos e destinação
correta dos resíduos. Agora, é um segundo momento. “Temos a possibilidade de
gerar ganhos aos produtores rurais, especialmente nas cadeias de proteína
animal. Mas se não tivermos incentivos, isso pode não acontecer”, afirma. Ele
lembra a parceria entre Itaipu e Copel, por meio do Programa Mais Clique Rural,
que tem o objetivo de modernizar a distribuição de energia e internet no meio
rural.

As linhas de crédito serão usadas para a instalação dos biodigestores,
compra dos geradores e integração da propriedade agrícola à rede elétrica.
Os juros subsidiados variam de 2,5% a 8,5% ao ano, dependendo do tamanho da
propriedade. Estima-se que o retorno do investimento aconteça em no máximo
cinco anos. O valor investido na região vai depender dos projetos que chegarem
ao Banco do Brasil.

Durante a solenidade, a Cooperativa LAR assinou um memorando de intenções
para levar o financiamento do Banco do Brasil aos seus associados. O CBIogás e
a Itaipu Binacional também assinaram o documento.

Pioneirismo regional

A criação da linha de crédito do Banco do Brasil tem origem em uma
demanda levantada pela Câmara Técnica de Energias Renováveis do Programa
Oeste em Desenvolvimento, do qual Itaipu e CBIogás fazem parte. “Vimos que o
principal gargalo era a falta de um financiamento para tocar os projetos.
Então, tivemos uma reunião com o Banco do Brasil sobre a possibilidade de
ampliar o financiamento e encarar os projetos de biogás como um negócio”,
explica o diretor-presidente do CIBiogás, Rodrigo Régis.

De acordo com ele, a região Oeste do Paraná tem um enorme potencial na
área de agroenergia. Só na suinocultura, há mais de dois mil produtores com
potencial de criação de usinas geradoras de energia elétrica a partir da
biomassa. O retorno do produtor, caso ele faça uma unidade geradora com
recursos próprios, é da ordem de 18%. Se a criação do empreendimento for
subsidiada por financiamentos como o do Banco do Brasil, o retorno sobe para
24%. O tempo de recuperação do investimento cai de cinco para três anos.

Além disso, completa Régis, há uma perspectiva do aumento de
produtividade na já pujante região Oeste do Paraná. “Um produtor que quer
aumentar o número de cabeças de gado, por exemplo, precisa resolver a questão
dos dejetos para conseguir as licenças ambientais. Hoje, vai ter produtor que
subirá de 500 para 2.000 cabeças porque poderá dar fim aos dejetos, obedecer
às leis ambientais e criar renda”, conta.

“Nós temos que aproveitar este momento, sermos assertivos e agirmos
rápido. Já foi feito um mapeamento na região, agora precisamos mostrar aos
produtores que este é um negócio viável”, afirma Régis. E completa:
“Investir nesta tecnologia não é só produzir energia, mas fazer o saneamento
ambiental. Livrar-se de um passivo e gerar outra fonte de renda.”

Segundo um levantamento feito pela Federação das Indústrias do Estado de
São Paulo (FIESP), o agronegócio responde por 46% das exportações do Brasil
e por 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do País. No Sul do País, o setor é
responsável por 70% das exportações e 35% das riquezas. O agronegócio é um
dos maiores demandantes de energia elétrica para sue funcionamento. As
informações partem da assessoria de imprensa da Itaipu Binacional.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

Copyright 2017 – Grupo CMA

Cotação semanal

Dados referentes a semana 13/06/2025

Suíno Independente kg vivo

R$ 8,43

Farelo de soja à vista tonelada

R$ 1.750,00

Casquinha de soja à vista tonelada

R$ 1.200,00

Milho Saca

R$ 66,75
Ver anteriores

Preço base - Integração

Atualizado em: 17/06/2025 09:45

AURORA* - base suíno gordo

R$ 6,60

AURORA* - base suíno leitão

R$ 6,70

Cooperativa Majestade*

R$ 6,60

Dália Alimentos* - base suíno gordo

R$ 7,00

Dália Alimentos* - base leitão

R$ 7,00

Alibem - base creche e term.

R$ 5,75

Alibem - base suíno leitão

R$ 6,60

BRF

R$ 7,30

Estrela Alimentos - creche e term.

R$ 6,40

Estrela Alimentos - base leitão

R$ 6,40

Pamplona* base term.

R$ 6,60

Pamplona* base suíno leitão

R$ 6,70
* mais bonificação de carcaça Ver anteriores

Parceiros da Suinocultura Gaúcha

Parceria