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CARNES:Famato alerta para exigências no embarque de bovinos vivos à Bolívia

13 de janeiro de 2016
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Porto Alegre, 13 de janeiro de 2015 – Recentemente os governos brasileiro e
boliviano assinaram um novo Certificado Zoossanitário Internacional (CZI) para
exportação de bovinos para reprodução do Brasil para a Bolívia. Com a
validação dessa normativa, a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato
Grosso (Famato) orienta os produtores do Estado quanto aos procedimentos
necessários para a aprovação de propriedades rurais para a exportação e a
emissão do CZI.

Nesse sentido a Famato, por meio do Instituto Mato-grossense de Economia
Agropecuária (Imea), realizou um estudo que aponta os custos e os benefícios
das exigências para a exportação de gado bovino vivo do Brasil à Bolívia,
elencando as principais vantagens dessa atividade.

De acordo com o estudo, a exportação de animais pode ser uma nova forma
de comercialização que, de modo geral, pode contribuir para a diversificação
da fonte de receita do pecuarista.

O médico veterinário e analista de pecuária da Famato Marcos Carvalho
apresenta como bom exemplo disso o que aconteceu no Pará, onde em pouco mais de
10 anos a exportação de gado em pé se tornou a terceira principal atividade
econômica do Estado.

A localização geográfica e a proximidade dos portos e menores preços da
arroba elevaram o Estado do Pará como principal ator neste mercado no Brasil.
Prova disso é que a partir de 2003 a participação da pecuária no PIB do
Estado se tornou maior que o da agricultura, segundo dados do Instituto de
Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (Idesp, 2014).

No Brasil, os principais estados exportadores são Pará e Rio Grande do
Sul, sendo que os dois juntos embarcam 97,9% de todo o rebanho exportado em
2014.

Historicamente, em Mato Grosso, apesar de possuir o maior rebanho
brasileiro, não há registro de comercialização de bovinos para o exterior.
No entanto, o que pode abrir uma grande oportunidade é o fato de que em 2014,
devido a uma enchente, mais de 400 mil cabeças de bovinos morreram, sendo
necessário o repovoamento destas áreas.

Baseado em dados do Imea o veterinário aponta quatro aspectos importantes
que deve ser levado em consideração pelo produtor que tem interesse de iniciar
as atividades de exportação para o país vizinho, são eles: tributário,
sanitário, técnicos e legais.

O veterinário alertou para o fato de que o animal acima de 30 meses
(fêmeas) será exigido exame de brucelose. “Durante esse período se for
identificado um bovino com brucelose na propriedade, a mesma ficará interditada
durante seis meses. Caso o produtor já realize exames há muito tempo vale a
pena fazer os exames e exportar o animal. E se o proprietário não tem essa
segurança recomendamos que exporte animal abaixo de 30 meses (fêmea), porque
não é necessário o exame, apenas o atestado de vacinação”, explica.

O cálculo de custo médio de exames por animal, vacinas e medicamentos em
vacas acima de 30 meses ou touros que já realizaram monta chega a R$ 309,11.
Nas fêmeas jovens entre oito e 29 meses “virgens” é de R$ 175,86 e nos
tourinhos jovens que nunca realizaram monta R$ 200,74.

Para o produtor estar apto a exportar, o primeiro passo é realizar a
inscrição da propriedade no Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de
Mato Grosso (Indea). Posteriormente o Indea vai fazer um check list da
propriedade e se aprovada a mesma entra para a lista do Departamento de Saúde
Animal (SDA). É importante o produtor ter o contato do possível comprador
(telefone, endereço e dados pessoais para preenchimento do cadastro).

Exigências técnicas-operacionais – Alimentação de qualidade e na
quantidade suficiente; currais, brete e tronco de contenção adequados ao
manejo dos animais; instalações individuais ou coletivas, estábulos ou pastos
construídos de forma a assegurar que o estresse aos animais seja o mínimo
possível durante o período de sua permanência; pastos com drenagem adequada
e, no caso de instalações cobertas, drenagem e ventilação adequadas;
comedouros para os animais, em tamanho adequado e na quantidade necessária;
local e equipamentos para armazenamento de medicamentos e de alimentos;
instalações para o fornecimento de água limpa e de qualidade; acesso
controlado para veículos e pessoas e médico veterinário Responsável Técnico
(RT) com anotação de responsabilidade técnica homologada no Conselho
Regional de Medicina Veterinária (CRMV-MT) para o exercício profissional na
Unidade da Federação onde se situa o estabelecimento.

Informações mais detalhadas sobre o Certificado Zoossanitário
Internacional (CZI) podem ser obtidas com o analista de pecuária da Famato,
Marcos Carvalho, pelo telefone (65) 3928- 4467 ou e-mail pecuária@famato.org.br
. As informações partem da assessoria de comunicação da entidade.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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