Porto Alegre, 2 de maio de 2022 – O Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa) irá suspender a vacinação contra a febre aftosa em seis
estados e no Distrito Federal. A medida ocorrerá após a última etapa de
vacinação a ser realizada em novembro. As unidades da Federação integram o
Bloco IV do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre
Aftosa (PE-PNEFA). São elas: Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso
do Sul, Minas Gerais, Tocantins e Distrito Federal. Ao todo, aproximadamente
113 milhões de bovinos e bubalinos deixarão de ser vacinados, o que
corresponde a quase 50% do rebanho total do país.
O anúncio foi feito pelo ministro Marcos Montes e o secretário de Defesa
Agropecuária do Mapa, José Guilherme Leal, durante a abertura da 87 edição
da ExpoZebu, em Uberaba (MG), no sábado (30). “É uma conquista de todos
nós, do Ministério, dos estados e dos produtores rurais. A certeza de que essa
união vai fazer cada vez mais a nossa sanidade ser respeitada no mundo, como
já é”, disse o ministro. Antes do anúncio, o presidente da República, Jair
Bolsonaro, e o ministro participaram da abertura da exposição, considerada a
maior feira de gado zebu do mundo.
A suspensão faz parte do projeto de ampliação de zonas livres de febre
aftosa sem vacinação no país, previstas no PE-PNEFA. Para realizar a
transição de status sanitário, os estados e o Distrito Federal atenderam aos
critérios definidos no Plano Estratégico, que está alinhado com as diretrizes
do Código Terrestre da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE).
“Esses estados vão terminar a vacinação em novembro, quando irão parar
de vacinar, se preparando para mudar o status para livres de febre aftosa sem
vacinação”, explicou o secretário José Guilherme Leal.
O PE-PNEFA está fundamentado na avaliação contínua de indicadores que
são monitorados regularmente de forma conjunta pelas equipes gestoras do plano
estratégico, que reúnem os setores público e privado, em âmbito estadual e
nacional. A meta é que o Brasil se torne totalmente livre de febre aftosa sem
vacinação até 2026.
Nesse momento, não haverá restrição na movimentação de animais e de
produtos entre os estados do Bloco IV, que terão a vacinação suspensa em
2022, e os demais estados que ainda vacinam no país. Isso porque o pleito
brasileiro para o reconhecimento internacional das unidades da Federação como
zonas livres da doença sem vacinação não será encaminhado para a OIE no
próximo ano.
“Isso será possível porque o pleito não será apresentado à
Organização Mundial da Saúde Animal no próximo ano, dando tempo para que os
demais estados executem as ações necessárias para a suspensão da vacinação
e, assim, possamos apresentar o pleito de forma conjunta à OIE”, explica o
diretor do Departamento de Saúde Animal, Geraldo Moraes.
Para o reconhecimento como zonas livres de febre aftosa sem vacinação, a
OIE exige a suspensão da vacinação contra a febre aftosa e a proibição de
ingresso de animais vacinados nos estados e regiões propostas por, pelo menos,
12 meses.
Atualmente, no Brasil, somente os estados de Santa Catarina, Paraná, Rio
Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso têm a
certificação internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação. As
informações partem da assessoria de imprensa do Mapa.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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