Porto Alegre, 18 de novembro de 2015 – Consultor do Projeto Suinocultura de
Baixa Emissão de Carbono, o médico veterinário Cleandro Pazinato Dias
avaliou a importância do uso racional da água, da ração e das soluções
tecnológicas para o tratamento dos dejetos na suinocultura.
Essas informações serão disponibilizadas ao público por meio dos
Fóruns sobre Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono, que ser realizarão nas
principais regiões produtoras do Brasil. O primeiro fórum acontece no
município paranaense de Marechal Cândido Rondon, no dia 24 de novembro, e o
segundo evento ocorrerá em Belo Horizonte/MG, no dia 07 de dezembro.
Nessa edição do boletim abordaremos o tema “uso racional da água”,
que de acordo com o consultor é o nutriente mais importante para a vida dos
animais e normalmente é visto como naturalmente suprido pelo livre consumo dos
animais.
“Os avanços no déficit de água no mundo, as alterações climáticas,
o aumento de demanda humana e agrícola, a poluição e os custos com o
tratamento exigem uma nova postura no uso da água. A aplicação de controle na
demanda da água é imprescindível e urgente para manter a atividade de
produção animal de forma sustentável”, destaca Cleandro.
Ele cita que a utilização excessiva da água traz consequências
negativas, pois, aumenta a quantidade de resíduos (água residuária) e a
dispersão da matéria orgânica nos efluentes. Dessa forma, tem como
consequência uma menor produção de biogás e aumento do custo de tratamento
dos dejetos e uso de recursos hídricos.
“Conhecer o volume gasto de água na produção de suínos é importante
para que produtores e técnicos possam avaliar se o consumo de água da
propriedade está dentro de padrões normais estabelecidos”, ressalta.
Para ele, um dos maiores problemas associados com o consumo de água na
suinocultura é o desperdício. O aumento do consumo de água pela granja nem
sempre é devido à maior ingestão pelo animal, mas sim pelo desperdício nas
propriedades por causa do manejo e tipo de bebedouros. “Além disso, tem a
altura, a má localização e funcionamento, ângulo inadequado de instalação
dos equipamentos, entre outros”.
Um ponto destacado no trabalho é a captação da água da chuva e uso de
cisternas na suinocultura. Uma prática recomendável é a utilização de
sistemas para coleta de água por meio da captação via telhado e escoamento da
água por meio de calhas, passando por filtros antes da armazenagem em
cisternas.
“No uso da água da chuva para limpeza das instalações, não deve
existir uma grande preocupação com a qualidade da mesma, o simples descarte
das primeiras chuvas e o uso de um sistema simplificado de filtragem para
retirada dos sólidos grosseiros já compreendem um manejo adequado”, cita.
Apesar disso, ele destaca que quando se pretende usar a água para
dessedentação dos animais é importante garantir a qualidade dela por meio de
filtragens com a retirada do material grosseiros e de matéria orgânica. Nesse
processo, a cisterna deve ser mantida limpa, sem penetração de raios solares e
sem entradas de qualquer material ou tipo de água que não seja captada pelo
telhado. As análises da qualidade da água devem ser feitas com frequência.
Por fim, destaca o reuso da água na limpeza das instalações, um processo
cada vez mais utilizado na suinocultura brasileira. É um método que permite
reaproveitar parte da água que seria eliminada pelo processo final de
tratamento dos dejetos. A forma de utilizar a água seria apenas para a limpeza
das instalações do próprio sistema de escoamento de dejetos da granja, como
no sistema de flushing dos pavilhões.
“De forma prática, com o reuso da água estima-se que podemos economizar
até 20% do volume de água utilizada na unidade de produção. Não devemos
utilizar esta água para a dessedentação dos animais, por esta razão é
necessária uma rede hidráulica específica para esta finalidade”, destaca.
Com informações da assessoria de imprensa do Projeto Suinocultura de Baixa
Emissão de Carbono.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 22/07/2025 09:00